Siradjo Bary, um dirigente do Conselho Superior Islâmico da Guiné-Bissau, disse ontem que a paz está a ser ameaçada com o posicionamento de diferentes responsáveis políticos na crise que afeta o país há cerca de dois anos.
Bary é um dos vários líderes religiosos que intervieram hoje na cerimónia inter-religiosa promovida pelas várias confissões religiosas guineenses, para rezar pela paz na Guiné-Bissau, num estádio de futebol em Bissau, perante centenas de fiéis.
O chefe muçulmano defendeu ser "necessário e urgente" que os responsáveis religiosos "façam algo" para evitar o pior.
"A paz está a ser ameaçada na Guiné-Bissau. Todo mundo ouve o que se fala. Dizem que há estabilidade, mas na realidade, no coração, a atuação das pessoas, tem sido ao contrário", afirmou Siradjo Bary aos jornalistas no local.
Já o pastor Domingos Cabaneco, da igreja Evangélica, que também se associou à iniciativa, frisou que as confissões religiosas já tentaram "por várias vezes" apelar e promover a paz junto dos políticos, mas sem sucesso, pelo que, disse, desta vez, decidiram juntar-se num só espaço "e com o povo".
Aderiram à iniciativa o Conselho Evangélico, o Conselho Nacional Islâmico, o Conselho Superior Islâmico, a Igreja Adventista do 7.º Dia, a Igreja Católica, a Missão Batista, a União Nacional dos Imames e a Igreja Universal do Reino de Deus.
A iniciativa contou com o apoio da União Europeia. O representante em Bissau, o português, Victor Madeira dos Santos, sentou-se no palanque ao lado dos líderes religiosos durante a cerimónia.
Conosaba/Lusa/MO
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