O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, anunciou ontem que o seu homólogo do Senegal, Macky Sall, deve visitar o país nos próximos dias.
Fontes do governo disseram à Lusa que Sall deve visitar Bissau entre os dias 20 a 23 deste mês mas não revelaram a agenda da deslocação.
De partida para uma cimeira extraordinária da União Económica e Monetária da Africa Ocidental (UEMOA) na Costa do Marfim, José Mário Vaz, disse que vai aproveitar o encontro de Abidjan para falar com o seu homologo senegalês sobre a situação política na Guiné-Bissau.
O líder guineense disse que «provavelmente» terá também um encontro de trabalho com o seu homólogo da Costa do Marfim, Alassane Ouatarra, se a agenda dos dois assim o permitir, para trocarem impressões sobre a situação politica guineense.
José Mário Vaz, que regressa ainda hoje a Bissau, afirmou que vai informar os seus pares da UEMOA sobre os últimos desenvolvimentos políticos no país.
Quanto à visita do Presidente do Senegal a Bissau, o Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), plataforma que reagrupa várias organizações da sociedade civil, na sua maioria associação associações juvenis, considera de «indesejada a vinda de Macky Sall».
O líder do MCCI, o jurista Sana Canté, disse, em conferência de imprensa, que Sall vem a Bissau assinar um «acordo ruinoso» para Guiné-Bissau, que resultará da partilha de reservas de petróleo existente no mar fronteiriço dos dois países.
Segundo Sana Canté, o suposto acordo a ser assinado durante a visita do Presidente do Senegal, vai permitir que aquele país fique com 85 por cento do recurso e a Guiné-Bissau «apenas com 15 por cento», sublinhou.
O líder do MCCI promete manifestações pacíficas nas ruas de Bissau durante os três dias de visita «para que Macky Sall possa perceber que não é bem-vindo» na Guiné-Bissau, frisou Canté.
Conosaba/Lusa/MO
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