O primeiro-ministro, Úmaro Sissoco Embaló, regressou na passada sexta-feira, 30 de dezembro 2016, ao país proveniente de países do bloco regional, onde diz ter mantido contatos diplomáticos para aproximar a Comunidade Internacional da Guiné-Bissau.
No aeroporto internacional de Bissau, Úmaro Sisssoco revela ter recebido garantias da Nigéria, enquanto presidente do grupo de contato para Guiné-Bissau, em continuar a apoiar o processo de reformas nos sectores da defesa e segurança. Acrescentou ainda que o Chefe de Estado nigeriano abordou-lhe a questão de abertura de uma representação diplomata guineense em Abuja.
Com Burkina Faso, o Chefe de Executivo disse ter debatido com o Primeiro-ministro burkinabe a possibilidade de aquele país apoiar a Guiné-Bissau no domínio de contribuição e imposto e passar, doravante, a receber estudantes guineenses, em mais diversas áreas do saber, no Burkina Faso.
O Governo liderado por Úmaro Sissoco não tem ainda instrumentos de governação, mas o Primeiro-ministro já adiantou que depois da aprovação dos dois instrumentos de governação (programa e Orçamento Geral do Estado) uma das suas apostas centrar-se-á em contatos com parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, sobretudo com a União Europeia, BAD, UEMOA.
“É bom que fique claro que o Presidente Macky Sall está a jogar um papel de bom vizinho, de amigo da Guiné-Bissau e enquanto porta-voz da CEDEAO junto à Comunidade Internacional”, alerta.
Outra aposta interna de Sissoco, quando o programa for submetido em janeiro à Assembleia, será a construção das infraestruturas rodoviárias para desenclavar o país.
Em reação à denúncia do líder do APU-PDGB em como teria havido plano de assalto à Assembleia Nacional Popular (ANP) e de sequestrar o seu líder Cipriano Cassamá, Umaro Sissoco esclarece que não “lida com bandidos e nem o seu Governo alberga ratos ou ratazanas”, por isso promete dar instruções ao Ministro do Interior para garantir segurança máxima à Assembleia e prender quem tentar assaltar o órgão e que não seja deputado da Nação.
Úmaro Sissoco lamenta, no entanto, o fato de Nuno Gomes Nabian não ter podido interpretar o que é um assalto, porque na sua ótica um deputado que se dirige à Assembleia ou um Ministro que se dirige a seu ministério, não pode ser entendido como um assalto.
“É lamentável ouvir de alguém que diz quer ser Presidente da República não conseguir interpretar assalto”, acrescenta.
Em relação à crise que assola o país há mais de um ano, o Primeiro-ministro pede que lhe seja dado oportunidade de fazer avançar o país ao ritmo de desenvolvimento que jamais conheceu.
Chefe de Governo voltou afirmar que em janeiro de 2017, todo o território nacional terá condições de acompanhar a televisão pública da Guiné-Bissau.
Noutra nota, o novo primeiro-ministro destaca a participação da seleção nacional no CAN Gabão 2017 e a imprensa guineense.
Sobre a Gâmbia, Sissoco desmente as informações segundo as quais a CEDEAO teria decido intervir militarmente em Gâmbia para afastar do poder o candidato derrotado nas últimas eleições de 1 de dezembro de 2016, Yayha Jammeh, mas que recusa deixar a presidência gambiana.
Por: Filomeno Sambú
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