MOVIMENTO DA SOCIEDADE CIVIL DIZ QUE NÃO COMPACTUA COM ATITUDES QUE PÕEM EM CAUSA A LEGALIDADE



Jorge Gomes, presidente do Movimento da Sociedade Civil
O Movimento Nacional da Sociedade Civil disse no passado dia 30 dezembro 2016, que não vai compactuar-se com atitudes que põem em causa os princípios da legalidade e da convivência pacífica necessárias num Estado de Direito Democrático.

A reação do Movimento vem na sequência de alguns discursos e pronunciamentos da classe política que, na observação do Movimento, tiveram “ecos importantes” nas diferentes camadas da população.
Em comunicado, o Movimento sublinha estar consciente de que existem entidades competentes para dar tratamento a cada tipo de informação, por isso vai deixar espaços aos atores políticos para atuarem dentro daquilo que é permitido nas lutas políticas.
Apesar disso, Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento diz  estar a assistir  “tendências e excessos” nas lutas políticas , tanto nas estratégias com nas linguagens  que, facto que no entendimento da organização da sociedade civil guineense, podem pôr em  causa a saudável   convivência  social, onde todos os meios estão a ser utilizados para o acesso e manutenção  do poder.
Neste sentido, exorta aos responsáveis políticos a privilegiarem as vias legais no exercício das suas pretensões e recorrerem, sempre que necessário, às instituições competentes para a resolução  das suas preocupações.
No mesmo documento, o Movimento apela a titulares dos órgãos da soberania a serem mais comedidos nas declarações que prestam para não instrumentalizar os sentimentos que possam afetar a paz social e dificultar a busca de consensos recomendados nas últimas negociações patrocinadas pelos parceiros internacionais da Guiné-Bissau, e, consequentemente garantir a segurança e a integridade a todos os cidadãos, independentemente das suas posições políticas.
De referir que nesta terça-feira o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais e igualmente presidente da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian denunciou que teria estado em marcha um “plano” do atual governo para assaltar à ANP e prender o seu líder visando constituir uma nova mesa e facilitar aprovação do programa e orçamento geral do Estado, instrumentos essenciais de governação.
 
Por: Filomeno Sambú

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