Face à crise na Gâmbia, e a probabilidade de uma intervenção militar dos países da CEDEAO, presidida pela Nigéria, chegou ontem quarta-feira ao Senegal o primeiro contingente militar nigeriano.
A Nigéria prevê empenhar uma força de 800 homens, e no seu contingente estão incluídos “pilotos, técnicos e pessoal de apoio” à força aérea, que perspetiva uma intervenção militar com meios terrestre e aéreos.
No caso de intervenção militar na Gâmbia, cabe ao exército senegalês dirigir as operações da força da CEDEAO.
Entretanto Yahya Jammeh permanece inflexível. Enquanto os seus ministros vão pedindo a demissão, esta terça-feira declarou estado de emergência e quando faltam 24 horas para a tomada de posse do presidente eleito Adama Barrow, o parlamento gambiano aprovou a prorrogação do mandato Jammeh por mais três meses.
Perante o risco de um intervenção militar, e do encerramento do aeroporto internacional de Banjul, agência de turismo Thomas Cook já anunciou o repatriamento de 850 turistas britânicos e 2.500 clientes da agência foram aconselhados a antecipar o regresso à Grã-Bretanha. Também, 1.600 holandeses vão ser repatriados nos próximos dias.
No entanto Marrocos ainda acredita que pode evitar o pior e está a tentar mediar a partida de Yahya Jammeh. Com esta missão Rabat enviou a Banjul o seu ministro delegado dos Negócios Estrangeiros, Nasser Bourita, assim como o chefe do serviço de informações exteriores marroquino, Yassine Mansouri.
Marrocos conseguindo encontrar uma saída para a crise sem recurso à força, irá reforçar a sua posição na próxima cimeira da União Africana, a 30 de janeiro, e garantir os votos necessários para a readmissão do reino na organização.
Conosaba/© e-Global/MO
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