PND recusa lugar no Governo «por ter sido desrespeitado acordo político de Conacri»



O Partido da Nova Democracia (PND), que tem um deputado no Parlamento da Guiné-Bissau, anunciou ter recusado integrar o novo Governo, «porque a constituição não respeitou o acordo de Conacri».

«Os procedimentos observados para a formação do atual Governo não respeitaram os critérios mais justos e transparentes que nortearam o espírito do acordo de Conacri», refere o partido, em comunicado.
Das cinco forças politicas no Parlamento, apenas o Partido da Renovação Social (PRS, segunda força mais votada em 2014) apoia oficialmente o executivo de Umaro Sissoco, hoje empossado pelo Presidente da República, José Mário Vaz.

O acordo de Conacri foi assinado em outubro pelos dirigentes políticos da Guiné-Bissau para resolver a crise no país e defendia a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e distribuição de pastas a todos os partidos consoante a representação parlamentar.

O PND junta-se, assim, ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, vencedor com maioria absoluta das eleições de 2014), União para a Mudança (UM) e o Partido da Convergência Democrática (PCD), que esta terça-feira acusaram o chefe do Estado de violar o recente acordo político.

Um dos membros do Governo, Bernardo Mané, secretário de Estado do Ordenamento do Território, deputado do PRS, recusou o convite e decidiu não tomar posse, optando por regressar ao Parlamento, sem, todavia, esclarecer as suas razões. 
Lusa

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