Acabei de receber um grito de socorro de um colega florestal, Diretor de Serviços de Exploração Florestal da Direção Geral das Florestas da Guiné-Bissau o texto em baixo.
Caros colegas ambientalistas de todo o mundo, venham ao socorro da DGFF
Venham ao socorro da Guiné-Bissau. Mais uma campanha de corte de madeiras deu inicio com muita força nas regiões de Gabu e Bafata, Tombali e Quinara, depois de o governo de Baciro Dja ter sido demitido em exportar os touros apreendidos e estocados em Bissau desde 2015. O barco esta no porto de Pindjiguite a carregar torres. Processo que esta sendo pilotado pelo ministério do interior através dos serviços da guarda nacional e alfândegas de Bissau, incluindo outros ministérios.
Isto tudo apesar da transferência anunciada de espécie Pau sangue para o apêndice II da CITES e o embargo da CITES a exportação de madeira da
Guiné-Bissau para o Estrangeiro. Para além das madeiras estocadas aqui em Bissau, agora os arrependidos que não tinham entrado na dança de corte de madeira em 2012 a 2014 estão a aproveitar para cortar e misturar com o atual estoque que foi autorizado para ser transportada.
Desta vez a DGFF foi posta simplesmente de lado por o facto da atual equipa não estar alinhado com esta ideia e decisão do governo, alias nem
foi consultado, tudo quando o ministro demitido já tinha sido isolado do processo.
O que vai ser o futuro da floresta e ambiente da Guiné-Bissau. Estou frustrado e arrependido por ter nascido aqui neste País e ainda ter optado por ser florestal.*
Que a sociedade civil intervenha junto dos parceiros da comunidade internacional para salvar o que resta das nossas florestas e fazer respeitar os acordos e convenções internacionais que a Guiné-Bissau assinou. Socorro, socorro, caros irmaos ambientalistas. Não sei o que dizer-vos.
Os poderosos do Pais estão metidos no assunto, e recentemente vão para a DGFF ameaçar os técnicos e obrigar que seja passados licenças para irem fazer cortes com ameaças.
Estou impotente devido ao meu actual estatuto de para-militar pelo que peço anonimato, mas descordo com tudo isso para o bem do País. Quero
dinheiro, mas não aquele que põe em causa o interesse e futuro do País.
Não ha segurança para proteger as florestas e o ambiente na Guiné-Bissau. Favor, façam algo para evitar o desastre ecológico e ambiental com esta nova vaga de cortes. Podem implicar as ONG sedeados nas regiões poderão ter mais informações. cortes nas zonas de Xime, Xitole, Mafanco, Ghanadu, etc, etc.
Ha muitos chineses agora a circular em Bissau para compra e exportação destas madeiras. dizem que não precisam de nenhum documento da DGFF e nem da CITES. Interpelem o interpol para controlar o movimento dos trunqueiros da Guiné-Bissau e Empresas chinesas que estão a violar as leis e acordos internacionais. Obrigado.
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