A minha querida mana D. Fernandes acaba de me enviar uma porção de alegria, enviando uma pequena mas grande encomenda contendo COLA (Cola Nitida). D., quero mais uma vez agradecer-te! Fiquei tão feliz, que não podes imaginar… São esses gestos que, para muitos não significam "nada", mas que no fundo têm impactos positivos que não se pode imaginar.
É nesta distância que aprendemos a valorizar que o que temos de "normal", tem valores enormes que ninguém imagina. É esse caldo-de-chabeu, caldo de mascarra, caldo de peixe, os nossos guizados, uma cachupa, feijoada, canhá, lapa, cungutú, múni, Cuntchur-bedja, Gandin, Lingron, Bagre-Fumado, netetó, ‚skalada, kassêké (que muitos não conseguem tolerar o cheiro), o nosso fole, as variadíssimas mangas, ananás, papaia, tautau que existe em quase todo o quintal da Guiné e que aqui é caríssimo (Physalis ou Solanales ou Phisalis crassifolia), Mandipli, Acetona, Miséria de Bolama, entre muitas outras.
Sim, é nesta distância que aprendemos a reconhecer que temos muito, muito de bom e que daria para valorizarmos ainda mais esse todo, se não fossem esses que não queiram aceitar que em cada sociedade, em cada comunidade, em cada mandjuandade, em cada grupo, tem que haver regras. E, essas regras terão que ser respeitadas e aceites.
Até os macacos, os chimpanzés, os peixes, as aves, as estações do ano têm as suas regras a serem cumpridas, aplicáveis à todos. Só na Guiné é que temos pessoas que se sentem incomodadas, quando se se trata de aplicação e cumprimento das leis, por exemplo: „o primeiro ministro só será nomeado e empossado quando for aceite e gozar da confiança do Presidente da República“. Mas que vergonha!
Quando é que viram uma coisa desta no Mundo? Aonde? E para quê as eleições? E para quê gastar tanto dinheiro para conseguir uma maioria no Parlamento? Quando é que se viu um grupo de 5, 10 ou 15 indivíduos duma fracao parlamentar abandonar o partido pelo qual foram eleitos e continuarem a bloquear um País, uma Nação. Só na Guiné!
Eu sinto vergonha (nao de ser Guineense) quando as pessoas (principalmente alemaes) me perguntarem o que dizem os juristas na Guiné-Bissau. Se realmente há pessoas que estudaram e conhecem a competência que têm. Porque como dizem: Nao há nenhum País no Mundo, onde o primeiro-ministro (o chefe dum Governo eleito) só pode ser nomeado, empossado, se esse primeiro-ministro é da confiança do Presidente. Mesmo nos regimes do partido único não existe esse mecanismo! Mantenhas di Alemanha!
H.F.
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