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FMI saúda anulação do resgate bancário
O Fundo Monetário Internacional reiterou a sua posição contra o resgate bancário de 5,5 por cento do Produto Interno Bruto do país que, segundo a organização, beneficia os ricos e prejudicou os pobres e o Estado guineense.
A posição foi reafirmada pelo chefe da missão do FMI, Félix Fischer, que falava em conferência de imprensa realizada segunda-feira em Bissau no fim de mais uma missão ao pais.
A missão saudou a decisão do actual executivo de anular o referido contrato.
Disse que essa operação bancária, , não resultou em nada, porque o governo não devia comprar dívidas públicas das pessoas que tinham condições financeiras de as pagar e não o fizeram.v Segundo o chefe da missão do FMI, a situação da segurança permaneceu estável no decurso dos últimos seis meses e a boa campanha de caju forneceu liquidez à economia, e espera-se que o rendimento da campanha de caju deste ano possa atingir pelo menos cinco por cento.
Félix Fischer considera de positivo as perspectivas económicas para curto e médio prazo, acrescentando que a inflação dos preços ao consumidor que estava em média de 1 por cento em 2015 deverá manter-se baixa.
A missão congratula-se com a decisão do Governo de vender parte da Madeira apreendida,que será para o governo uma receita importante para colmatar o fosso orçamental de 2016, disse.
As projecções para 2017, de acordo com a missão do FMI, contemplam um endurecimento da posição fiscal, que será apoiada por fortes mobilizações de receita e uma despesa criteriosa.
A missão acrescenta que este facto será acompanhado pelo contínuo reforço da administração tributária e dos procedimentos de gestão de finanças públicas.
Devido ao actual impasse político, será fundamental que o Parlamento aprovasse o Orçamento Geral do Estado de 2016/2017, alinhado à necessidade de consolidação orçamental a médio prazo, bem como leilão da Dívida Pública, considerou.
O FMI fez saber que as negociações sobre medidas fiscais necessárias para colmatar o fosso fiscal de 2016, que são necessárias para dar por completa estas avaliações, estão numa fase avançada e continuarão em Outubro em Washington durante as reuniões anuais da organização.
A missão do FMI visitou a Guiné-Bissau entre 13 e 26 de Setembro tendo levada a cabo as negociações sobre a primeira e segunda avaliação do programa do abrigo da Facilidade de Crédito Alargada.
O programa visa à consolidação da posição orçamental através de uma melhor gestão das despesas e de uma maior mobilização de recursos, reformas institucionais aprofundadas e do desenvolvimento do sector privado para apoiar o crescimento e a criação de emprego.
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