O Presidente da República, José Mário Vaz encontra-se em Lisboa, para assistir as cerimónias dos 40 anos da democracia em Portugal, assinalando a realização das primeiras eleições presidenciais democráticas ganhas por General Ramalho Eanes, agora aposentado.
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou hoje que vê António Ramalho Eanes como uma "pessoa especial", com quem se aconselha sempre que vem a Portugal.
José Mário Vaz falava à RTP África no final da cerimónia de condecoração de Ramalho Eanes com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique, no dia em que se assinalam 40 anos das primeiras eleições presidenciais em democracia (27 de junho de 1976), promovida pela Presidência da República.
"O Presidente Ramalho Eanes é uma pessoa especial para mim. Desde que ganhei as eleições, a minha preocupação realmente é estar muito próximo do Presidente Ramalho Eanes para poder aproveitar a experiência dele para o meu dia-a-dia enquanto Presidente da República", sublinhou o chefe de Estado guineense.
José Mário Vaz, que se escusou a falar sobre a política guineense - "estamos a preparar uma conferência para falar sobre a Guiné de hoje" na capital portuguesa -, lembrou ter acompanhado "um pouco a vida" de Ramalho Eanes durante o período em que estudou em Portugal, primeiro no liceu, que fez em Santarém e, depois, no Instituto Superior de Economia (ISE), em Lisboa."É uma pessoa de quem gosto muito. Verdade seja dita: é impossível vir a Portugal sem passar no escritório dele e trocar algumas impressões com ele. É uma pessoa experiente, muito amiga da Guiné-Bissau e, por isso, vim cá para demonstrar o afeto e o carinho que a Guiné-Bissau tem por ele", afirmou.
O Presidente da Guiné-Bissau realçou também ter oferecido a Ramalho Eanes, à margem da cerimónia, uma estatueta de madeira, simbolizando a mulher guineense.
"Ofereci ao Presidente Ramalho Eanes uma estatueta da mulher guineense, mulher trabalhadora e sobretudo uma mulher da região de Cacheu, onde esteve quando era militar" na Guiné-Bissau, durante o conflito colonial (1961/75), sublinhou.A oferta, presenciada pela agência Lusa, ocorreu durante uma visita à exposição "40 Anos - Eleições Presidenciais - Um Presidente para Todos os Portugueses", com que se assinala o quadragésimo aniversário das primeiras eleições para a chefia do Estado num regime democrático e que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian.
A iniciativa foi interrompida por um reencontro entre Otelo Saraiva de Carvalho, derrotado nas eleições de então, e Ramalho Eanes, o que surpreendeu José Mário Vaz, que ainda não terminara o gesto da oferta ao homenageado.
"Então António, estou aqui há tanto tempo e ninguém me liga", disse Otelo, ao mesmo tempo que se abraçava de forma emocionada a Ramalho Eanes, que retribuiu com a mesma emoção, e deixava o presidente guineense a meio da oferta.O abraço foi profundo e longo - e profusamente aproveitado pelos fotógrafos dos vários órgãos de comunicação social -, o tempo suficiente para fazer José Mário Vaz duvidar se a interrupção teria terminado.
No entanto, acabaria por despedir-se de Ramalho Eanes igualmente com um forte abraço.
José Mário Vaz falava à RTP África no final da cerimónia de condecoração de Ramalho Eanes com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique, no dia em que se assinalam 40 anos das primeiras eleições presidenciais em democracia (27 de junho de 1976), promovida pela Presidência da República.
"O Presidente Ramalho Eanes é uma pessoa especial para mim. Desde que ganhei as eleições, a minha preocupação realmente é estar muito próximo do Presidente Ramalho Eanes para poder aproveitar a experiência dele para o meu dia-a-dia enquanto Presidente da República", sublinhou o chefe de Estado guineense.
José Mário Vaz, que se escusou a falar sobre a política guineense - "estamos a preparar uma conferência para falar sobre a Guiné de hoje" na capital portuguesa -, lembrou ter acompanhado "um pouco a vida" de Ramalho Eanes durante o período em que estudou em Portugal, primeiro no liceu, que fez em Santarém e, depois, no Instituto Superior de Economia (ISE), em Lisboa."É uma pessoa de quem gosto muito. Verdade seja dita: é impossível vir a Portugal sem passar no escritório dele e trocar algumas impressões com ele. É uma pessoa experiente, muito amiga da Guiné-Bissau e, por isso, vim cá para demonstrar o afeto e o carinho que a Guiné-Bissau tem por ele", afirmou.
O Presidente da Guiné-Bissau realçou também ter oferecido a Ramalho Eanes, à margem da cerimónia, uma estatueta de madeira, simbolizando a mulher guineense.
"Ofereci ao Presidente Ramalho Eanes uma estatueta da mulher guineense, mulher trabalhadora e sobretudo uma mulher da região de Cacheu, onde esteve quando era militar" na Guiné-Bissau, durante o conflito colonial (1961/75), sublinhou.A oferta, presenciada pela agência Lusa, ocorreu durante uma visita à exposição "40 Anos - Eleições Presidenciais - Um Presidente para Todos os Portugueses", com que se assinala o quadragésimo aniversário das primeiras eleições para a chefia do Estado num regime democrático e que decorre na Fundação Calouste Gulbenkian.
A iniciativa foi interrompida por um reencontro entre Otelo Saraiva de Carvalho, derrotado nas eleições de então, e Ramalho Eanes, o que surpreendeu José Mário Vaz, que ainda não terminara o gesto da oferta ao homenageado.
"Então António, estou aqui há tanto tempo e ninguém me liga", disse Otelo, ao mesmo tempo que se abraçava de forma emocionada a Ramalho Eanes, que retribuiu com a mesma emoção, e deixava o presidente guineense a meio da oferta.O abraço foi profundo e longo - e profusamente aproveitado pelos fotógrafos dos vários órgãos de comunicação social -, o tempo suficiente para fazer José Mário Vaz duvidar se a interrupção teria terminado.
No entanto, acabaria por despedir-se de Ramalho Eanes igualmente com um forte abraço.
Para além do Chefe de Estado guineense, também estão em Lisboa, o Chefe de Estado Cabo-verdiano, José Carlos Fonseca, representantes da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) bem como de outras representações mundiais.
Após a cerimónia do dia da democracia em Portugal, o Presidente Mário Vaz irá permanecer em Portugal durante duas semanas em visita privada. Isto numa altura em que os parceiros financeiros da Guiné-Bissau que davam apoio ao Orçamento-geral de Estado (OGE), anunciaram recentemente, o congelamento de ajudas ao país.
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