Bissau, 15 Jun 16 (ANG) – O Primeiro Vice-Presidente da Assembleia Nacional popular (parlamento guineense) afirmou na passada terça-feira, que os deputados “transformaram a casa do povo num motor para a dissolução do sistema político e democrático” do país.
Inácio Correia que falava durante o encerramento da Terceira Sessão da nona Legislatura do Parlamento, sobre o comportamento dos deputados na crise política que tem assolado o país, acrescentou que ANP passou a ser “um instrumento manipulável pelos interesses obscuros contra a vontade popular, a estabilidade e ao desenvolvimento almejado pelos guineenses”.
“Os deputados não podem dedicar as suas inteligências para alimentar crises, boatos e criando desordem no xadrez político e no seio da população” criticou Correia para acrescentar que , nomeadamente, a criação de um Tribunal Constitucional, por forma a “dirimir eventuais conflitos e processos políticos” foi inviabilizada.
Inácio Correia (militante e dirigente do PAIGC) proferiu estas palavras numa altura em que o maior partido do país e o Presidente da República estão de costas voltadas; Os libertadores consideram o actual governo do novo Primeiro-Ministro, Baciro Djá de inconstitucional.
Por outro lado, o Primeiro vice-Presidente da ANP informou que o PAIGC voltou a pedir a mesa do Parlamento, no sentido de clarificar o estatuto do grupo dos 15 deputados expulsos desta formação política, vencedora das últimas eleições de 2014.
Esta terceira Sessão da Nona Legislatura da Assembleia Nacional Popular foi marcada por sucessivas suspensões, devido ao desentendimento, sobretudo entre as duas maiores bancadas parlamentares: o PAIGC e o PRS, no que tange a situação dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde .
ANG/QC/SG/Conosaba/MO
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