O embaixador dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau, com residência em Dakar, James Peter Zumwalt, disse ontem, 20 de Abril 2016, que os “Estados Unidos de América não dão orientação política a nenhum Estado do mundo”. Este diplomata americano falava a’O Democrata em alusão à crise política que se vive no país, sobre a qual destacou as leis do seu país, que não dão possibilidade para a interferências nos assuntos internos de Estados soberanos como é o caso da Guiné-Bissau.
“Apenas aconselho aos guineenses no sentido de se engajarem seriamente para encontrarem melhor caminho para o desenvolvimento do país”, acrescenta, sublinhando, que contudo, os EUA estão dispostos a apoiar a sociedade civil guineense para ter uma “estrutura forte”.
“Apoios à Guiné-Bissau só podem ser concretizados caso haja a estabilidade política”, precisou.
Em relação ao caso ” Bubo Na Tchutu”, antigo chefe da armada guineense, detido há três anos pela justiça americana, James Peter Zumwalt não trouxe nada de novo quanto à evolução da justiça americana referente às acusações feitas contra o militar guineense.
Sobre o conflito na Cassamança, região sul do Senegal, James Peter Zumwalt disse que o seu país está a imprimir esforços para apoiar o processo de estabilização e de paz na região que permite criar condições favoráveis para o retorno dos refugiados (que se encontram na Gâmbia e na Guiné-Bissau) as suas zonas de origem.
“Não podem imaginar como fiquei com a generosidade do vosso país quando soube que a Guiné-Bissau também está a trabalhar pela paz na região de Cassamança e no atendimento de pedidos de alguns refugiados que já se manifestaram o interesse em adquirir a nacionalidade guineense. São esforços que têm a ver com a questão humanitária”, reforça.
Todavia, alerta que a solução para o fim da crise na zona fronteriça entre a Guiné-Bissau e o Senegal tem de ser encontrada internamente, e sobretudo da parte das tropas senegalesas.
Todavia, alerta que a solução para o fim da crise na zona fronteriça entre a Guiné-Bissau e o Senegal tem de ser encontrada internamente, e sobretudo da parte das tropas senegalesas.
O diplomata americano está no país para participar na Conferência Marítima de Bubaque prevista para os dias 21 e 22 de Abril. No referido encontro, vai-se discutir entre outros assuntos, o tráfico de droga e crimes transnacionais, segurança marítima e fronteiriça e a proteção dos recursos naturais.
Segundo apurou O Democrata a “Conferência Marítima” deve congregar todos os representantes especiais e os embaixadores acreditados em Bissau assim como o Conselheiro do Primeiro-ministro para área de Segurança, Diretor dos Serviços de Informação de Estado, Diretora Nacional da Polícia Judiciária, representantes da Interpol, Comissário Nacional da Polícia da Ordem Pública e o comandante da Guarda Nacional.
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