O governo da Guiné-Bissau lançou ontem, sábado 07 de novembro, na cidade histórica de Cacheu, o primeiro Microcrédito de Apoio às Atividades Geradoras de Rendimentos dos Promotores. O ato oficial foi presidido pelo primeiro-ministro, Carlos Correia, e contou com a participação de alguns membros do seu executivo. Na ocasião, o titular da Economia e Finanças, Geraldo Martins garantiu que já estão mobilizados cerca de 2 biliões de francos CFA.
Carlos Correia, defendeu no seu discurso que, o microcrédito é um instrumento que o seu executivo adoptou para lutar eficazmente contra a exclusão financeira de uma parte importante da população guineense, constituida por jovens e mulheres “desprotegidos de garantias reiais de aceder ao serviço bancário clássico”.
O Chefe do governo justificou a aposta no microcrédito pela experiência bem sucessida durante o carnaval 2015, “altura em que mais de cem (100) mulheres vendedeiras beneficiaram do microcrédito que lhes permitiram desenvolver suas atividades em ótimas condições”. Correia, acredita que este fundo poderá ajudar na criação de riquezas para os jovens e mulheres e consequentemente lutar contra a pobreza e construir uma paz duradoura. Por isso, apelou aos parceiros que continuem a apoiar a Guiné-Bissau para a consolidação das “conquistas”, expandindo a cobertura geográfica e populacional das intervenções.
Por seu lado, o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins considerou de fundamental o microcrédito na medida em que “permite às camadas mais vulneráveis da população acederem a fundos sem terem que apresentar nenhuma garantia”.
“Este é um programa bem pensado, onde conseguimos mobilizar fundos, no qual contamos neste momento com um bilião e quinhentos milhões de francos CFA (1.500.000.000 FCFA) para conceder microcréditos aos jovens e mulheres”, revelou Geraldo Martins.
Para a representante dos beneficiários, Tânia Gomes, visivelmente emocionada, além de agradecer o gesto do governo de Carlos Correia, garantiu que este crédito vai-lhes permitir desenvolver as suas próprias comunidades, tabanca, setor, região e contribuir no crescimento económico da Guiné-Bissau, em geral.
De referir que através da Agência de Promoção das Atividades de Poupanças e Microcrédito (APAPM), sob tutela da Secretaria de Estado do plano e integração regional, sete organizações económicas beneficiaram do primeiro fundo de 1º microcrédito, recebendo uma soma de cento quarenta e um milhões, cento cinquenta e nove mil e quatrocentos e trinta e sete (141 159 437) francos CFA.
Tratam-se de Associação Campossa, Cooperativa Pa Djuda Ku Mon, Erjema SARL, Regima e Filhos SARL, Empresa Mada Comercial, ABEN SQ e Cooperativa WBA PRODUCT.
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