O nosso Convidado é Pedro Morato Milaco, Politólogo da Universidade Colinas de Boé, na Guiné Bissau, que analisa connosco a crise política naquele país, depois da demissão do Primeiro-ministro, pelo Presidente da República.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, alegou grave crise política geral, pondo em causa o bom funcionamento das instituições do Estado, para demitir, na noite, de 12 de agosto, o Chefe do governo,Domingos Simões Pereira.
Para o Politólogo guineense, Pedro Morato Milaco, "a decisão do Presidente da República, não surpreende, ninguém, porque desde a formação do governo, que começou a haver um mal-estar entre, os dois, [José Mário Vaz e Domingos Simões Pereira] e a situação agudizou-se, até chegar a este ponto."
"Mas, só que, a decisão do Presidente da República, não está de acordo com a própria constituição. A constituição, diz que o Presidente da República, pode, demitir o Primeiro-ministro, quando haja grave crise, que ponha em causa, o funcionamento das instituições (...)"
"Eu acho que tem havido crise, mas a crise que existe, não põe em causa, de maneira nenhuma, o funcionamento das instituições(...)"
"Os Presidentes da República, têm tido um procedimento um bocado contrário à constituição; sempre que demitem o Primeiro-ministro, criam um governo iniciativa presidencial, ou um governo de unidade nacional, mas este figurino, não existe na constituição (...)"
Mapa da Guiné Bissau, de novo em crise política, com o Presidente a demitir o Primeiro-ministro, na noite de 12 de agosto de 2015.
DR
"A única coisa é ir para eleições gerais legislativas e as próprias presidencias, no sentido de legitimar, de novo, os órgãos, devolver o poder ao povo, para o povo escolher, novos órgãos."
Palavras de Pedro Morato Milaco, Politólogo da Universidade Colinas de Boé, na Guiné Bissau.
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