O Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselhou os guineenses no sentido de manterem o actual momento de paz e estabilidade política de que o país goza há praticamente um ano, após as eleições Gerais que tiveram lugar na Guiné-Bissau, em 2014.
Falando à PNN em conferência imprensa esta quarta-feira, 29 de Abril, em Bissau, à margem da apresentação do retrato sobre a instabilidade na Guiné-Bissau, o chefe da missão do FMI que se encontra no país, Felix Fischer, justificou o conselho com o facto de a Guiné-Bissau apresentar, no passado, mais ciclos de instabilidade em relação aos restantes países lusófonos.
«Temos feito uma comparação com os outros países lusófonos, e vimos que este país infelizmente teve uma incidência muito mais alta de instabilidade e de golpes repetidos, pois a instabilidade tem um impacto directo sobre a capacidade da Guiné-Bissau em crescer e motivar o sector privado, de investir e de avançar com a educação e formação», revelou.
«A conclusão é a importância de manter a paz e a estabilidade política e resolver todos os problemas e diferenças, através de meios pacíficos e debates de lições de uma democracia viva», referiu Fischer.
O economista do FMI falou ainda sobre a situação económica do país, dizendo que «estamos a fazer uma avaliação que ainda não acabou e não posso dar as conclusões, mas pelo que estou a ver, as receitas internas ultrapassaram as nossas expectativas, o que é um factor muito importante porque está a criar as condições ao Governo para fazer os gastos públicos que são urgentes, principalmente nas áreas sociais», enalteceu.
Esta missão do FMI, que permanece na Guiné-Bissau até 5 de Maio, está para uma consulta ao abrigo do acordo IV e possível negociação de facilidade de crédito alargado. A missão vai ainda manter contactos com as autoridades nacionais e instituições bancárias.
PNN, 29 de Abril de 2015
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