Quem serve de espelho, tem que cuidar com o brilho da sua reflexão para que os outros possam espelhar.
O recém-nomeado PGR arrancou tropeçando e agora embrulha-se num gap desprestigiante perante um poder incontornável chamado comunicação social.
“Ficou sem efeito a pretensão do Procurador-Geral da Republica de mutilar o serviço publico da RDN. O programa Cartas na Mesa debates aos sábados na Rádio Difusão Nacional (RDN) vai continuar a emitir normalmente sem influencia de algo pretendido pelo PGR ou de quem quer que seja.”
Palavras do Diretor-geral da RDN, terça feira 08 de Dezembro no final de um encontro de trabalho com o PGR, António Sedja Mam, que durou cerca de duas horas no Gabinete deste cito na Procuradoria-Geral da República junto ao Ministério Publico em Bissau.
Francisco Muniro Conté assegurou que Sedjam Mam ficou minimamente esclarecido sobre o que orienta a atuação dos profissionais de comunicação social do país, quanto ao serviço público, fazendo a menção dos artigos 13 e 14 da lei da liberdade de imprensa e o plasmado na Constituição da Republica da Guiné-Bissau.
O DG da RDN disse que o encontro não é uma sessão de audiência mas de trabalho, sem nenhuma ameaça de ninguém. “Não há motivos de preocupação o programa vai continuar a imitir normalmente e ficou retido havendo preocupação sobre funcionamento da radio, a direção da RDN estará aberta a dar devidos esclarecimentos ao PGR.”
Conté sublinhou que não respeitaram em princípio a decisão do Sedja Mam, de suspender o programa, porque a decisão não tem enquadramento legal, está completamente despida da legalidade. “ Estamos aqui por uma questão de respeito aos instituições publicas e judiciais do país e, faremos o sempre que fomos solicitados” conclui
Recordamos que O Procurador-Geral da República, António Sedja Mam ordenou sexta-feira 04 de Dezembro, a suspensão provisória do programa “Cartas na Mesa”, da Rádio Difusão Nacional da Guiné-Bissau, justificando a sentença “zelar pela ordem, paz, estabilidade segurança institucional que se queira com o país, quer de ponto de vista interno e externo.”
Uma decisão condenada veementemente pela Liga Guineenses dos Direitos Humanos (LGDH), SIJOTECS, CNCS e outras organizações parceiras da comunicação social do país.
Ouvir o Diretor da RDN antes de avançar precipitadamente era a forma perfeita de decidir a suspeição ou não do programa radiofónico que sai regularmente há três anos com um bom agrado ao publico.
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