O
Partido da Renovação Social (PRS) não vai integrar o novo executivo
liderado por Engenheiro Carlos Correia, alegando a falta de
transparência nas negociações por parte do PAIGC. A decisão foi tomada
durante a reunião da Comissão Política Nacional dos renovadores que
terminou na noite de ontem.
No universo 81 membros presentes na reunião do órgão deliberativo do PRS, 78 votaram “não a integração” no governo, um a favor da integração e 2 abstenções.
Falando à
imprensa depois da reunião, o porta-voz do partido, Victor Gomes Pereira
explicou que a proposta apresentada pelo novo primeiro-ministro e o seu
partido [PAIGC] não satisfaz no mínimo aquilo que entendem preencher o
requisito normal para integrarem o executivo. Contudo, sustentou ainda
que da forma como as coisas foram tratadas não satisfazem o Partido da
Renovação Social.
“Houve a falta
de transparência nas negociações e uma delas diz respeito as pastas que
iriam conceder-nos, não sabemos quais são. Há uma tentativa de
interferência, de ingerência na nossa autonomia, ou seja, a
possibilidade de ficar, no acordo a ser assinado, que o próprio partido a
chefiar o governo [PAIGC] de responsabilizar pela escolha de nomes
dentro do PRS das pessoas que farão parte do governo. Isso é uma coisa
que não vamos admitir”, contou o porta-voz dos renovadores.
No entender dos
renovadores, a proposta do PAIGC deveria no mínimo refletir a posição
do PRS no parlamento, tendo em conta 41 deputados [no universo de 102
que compõem o hemiciclo guineense]. Vitor Pereira garante que seu
partido “vai fazer uma oposição que sempre fez no parlamento para o
bem-estar do povo guineense”.
Recorde-se que o
Bureau Político do PAIGC aprovou na sexta-feira passada a orgânica do
novo executivo de Carlos Correia com 35 membros.
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