Olusegun Obasanjo, o mediador da CEDEAO manifestou-se profundamente satisfeito pelo consenso alcançado, mas propôs
que os actores políticos do país adoptem um pacto de estabilidade de
modo a evitar que a Guiné-Bissau torne a conhecer a instabilidade.
Assim, em forma
de aviso, Obasanjo disse, para que situações como aquela que o país
vivenciou nas últimas semanas não voltem a acontecer, os líderes da
Guiné-Bissau, partidos políticos e sociedade civil, deveriam assinar um
pacto de estabilidade baseado nos princípios da cooperação, concertação e
colaboração.
A nível dos
partidos, o PAIGC e o PRS, as duas principais forças políticas do país,
admitiram a pertinência desse pacto, esta proposta surgindo alguns dias
depois dos líderes da CEDEAO terem proposto, no mesmo sentido, que se dê
prioridade à adopção de uma revisão constitucional para evitar novos
contenciosos.
Lembramos ainda que
35 dias depois de ter sido demitido o governo de Domingos Simões
Pereira, a Guiné-Bissau voltou a ter um novo chefe do executivo, Carlos
Correia, que foi empossado ontem pelo Presidente José Mário Vaz que
considerou "existirem condições para trabalharem juntos". Também
positiva foi a reacção da sociedade civil que se mostrou satisfeita com a
resolução da crise na Guiné-Bissau.
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