O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, defenderam ontem em Lisboa a necessidade de mais diálogo entre actores políticos guineenses para solucionar a crise no país.
Fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que, da análise da actual situação na Guiné-Bissau feita durante o encontro, "sobressaiu a necessidade de que todos os actores políticos guineenses intensifiquem o diálogo para que a solução para a actual crise, salvaguardando sempre o respeito pela Constituição e pelo Estado de Direito, possa obter o respaldo dos legítimos órgãos de soberania do país e respeite a vontade popular democraticamente expressa".
"Tal solução, colocando em primeiro lugar o interesse do povo guineense, deverá permitir o retorno da estabilidade política e a retoma das reformas em curso no setor da segurança, da justiça e da administração e a implementação dos planos de crescimento económico e desenvolvimento social que libertem o país da situação em que se encontra", indicou a mesma fonte.
Da conversa, "ressaltou também a necessidade de dar sequência aos esforços da comunidade internacional, de modo a que não se percam os resultados positivos já alcançados pela Guiné-Bissau, incluindo a efetivação dos financiamentos anunciados na Conferência de Doadores de Bruxelas, em março", concluiu a fonte do MNE.
No encontro participou também o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira.
Na visita que efectua a Portugal, Miguel Trovoada reuniu-se na terça-feira com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e hoje foi recebido pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, antes do encontro com o chefe da diplomacia português.
Na quinta-feira, reunir-se-á ainda com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.
Lusa/Conosaba
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