Inácio Ié. Foto: Arquivo pessoal
Técnico do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento fez ponto
da atual situação económica do país; governo guineense estima o
crescimento económico do ano passado em 2,5%.
Amatijane Candé da Rádio ONU em Bissau.
A evolução macroeconómica da Guiné-Bissau foi marcada por uma melhoria
de produção industrial, pelo aumento do comércio e pelo reforço da
arrecadação das receitas.
A conclusão é do economista nacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud.
Inácio Ié falou a Rádio ONU da atual situação económica do país, tendo
realçado as medidas tomadas pelo governo para controlar as despesas e
moralizar as finanças públicas.
Medidas Estruturais
"Assistimos o aumento dos ativos líquidos externos do sistema bancário
comparado com o ano passado, no plano interno o governo conseguiu apurar
os salários em atraso e honrar com alguns compromissos com os parceiros
financeiros internacionais".
Para o especialista, as medidas reduziram o desequilíbrio das contas
exteriores e manter a estabilidade financeira interna. A balança
comercial do país situa-se atualmente em menos 6 mil milhões de Francos
cfas contra o défice de 24,8 mil milhões de Francos registado em igual
período do ano passado.
Mesa Redonda
Inácio Ié apontou o retorno à normalidade constitucional como fator que
permitiu o país sentar-se à mesa com os parceiros do desenvolvimento
para apresentar o plano estratégico e operacional "Terra Ranca". O programa teve um financiamento de US $ 1,5 mil milhões.
O economista destacou a comercialização da castanha de caju e disse que o
preço ao produtor de 250 Francos acabou flutuando em torno de 600
Francos o quilo. O valor não se praticava desde 1999.
Para Inácio Ié, trata-se de uma campanha histórica e revelou otimismo ao falar das perspetivas de crescimento económico.
Previsão de Crescimento
"Tal como foi precisado, a
projeção de 5 % de crescimento, nós estimamos que se a situação for
melhorada e conjugada com o progresso que assistimos no domínio da
exportação de caju, o país poderá superar as dificuldades e chegar ao
crescimento indicativo avançado".
O economista nacional do Pnud apontou fatores de risco e desafios que
podem afetar os progressos alcançados. Entre eles estão a contínua
fragilidade, o que chamou de desafios institucionais que o país enfrenta
e a lentidão na implementação de mecanismos de seguimento dos
resultados da mesa redonda.
O Ministério das Finanças indica que a economia guineense registou um crescimento na ordem de 2,5%, saindo de 2 para 4,5 % no ano passado.
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