O Presidente do parlamento guineense, inaugurou em Bissau, a praça dos Mártires de Pindjiguiti, no dia dos Mártires de Pindjiguiti. Uma praça totalmente requalificada com uma nova fisionomia, na presença do comandante Pedro Verona Pires, combatente da liberdade da pátria e antigo Presidente do Cabo-verde, graças a iniciativa da Câmara Municipal de Bissau.
O ato juntou corpo diplomático, membros do governo, chefias militares, Sociedade Civil e algumas figuras relevantes da sociedade guineense.
Discursando no ato da cerimonia de 03 de Agosto, 56º aniversário dos Mártires de Pindjiguiti, em representação do Presidente da República, Cipriano Cassamá, recordou o passado negro que o país viveu, afirmando que massacres e mártires repetiram-se durante anos, pessoas atadas coagidas arrastadas pelas ruas até ao morte pelos sucessivos regimes. E que agora, “Basta de golpes de estado. Já chega. A luta é contra subdesenvolvimento para a consolidação da democracia, a paz e a estabilidade.”
O Comandante Pedro Verona Pires, considera a postura dos marinheiros de ato de coragem e de resistência contra o regime colonial. Exorta aos guineenses que não se deixem outras pessoas a resolver os seus problemas, recordando a célebre frase do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana, Amílcar Lopes Cabral, “ Pensa ku nó cabeça e ianda ku no próprio pé.”
O Primeiro-ministro manifesta-se satisfeito com a iniciativa disse esperar que seja o sentimento de todos guineenses. Anunciando a celebração de 24 de setembro, data da proclamação da independência em Bafatá, para a requalificação daquela cidade e, respeita a decisão da ANP, em levantar a imunidade parlamentar a um deputado do PAIGC.
A praça ora inaugurada dispõe agora de ginásio, fontenário e lugares de diversão.
As obras da construção de raiz do monómetro Mártires de Pindjiguiti (mon di Timba) e a reabilitação da zona circunjacente, foram orçadas em 315 milões de francos cfa, pouco mais de 450 mil Euros e tiveram a duração de cerca de 05 meses.
No recinto do monumento foi disseminado algumas placas dos nomes de todos aqueles que foram massacrados durante o dia inesquecível, pelos guineenses.
De momento regista-se 03 sobreviventes do massacre que se manifestaram outra hora corajosos, mas que agora escusados em estado de abandono.
O macabro ato de tristeza aconteceu a 03 de agosto de 1959, onde 59 marinheiros guineenses foram massacrados pela tropa colonial, quando reclamavam aumento salarial e condição de trabalho pelo então regime de António Espínula, o ditador.
Honra a Memoria aos Mártires de Pindjiquiti.
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