Bissau, 15 de junho, todo o elenco governamental e os conselheiros do Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira estiveram reunidos, durante todo o dia no Salão Nobre Victor Saúde Maria, para uma reflexão conjunta sobre as relações de confiança na sociedade guineense.
O ato foi conduzido por um especialista do diálogo, da construção da confiança entre os cidadãos de uma determinada sociedade e Presidente do Instituto da Confiança, Piere Winicki, que já ajudou à construir a confiança em vários países, particularmente em França, entre o Governo e a Presidências de República, os partidos políticos e as organizações.
O Chefe do Governo que também tomou parte no exercício, no discurso de abertura, enfatizou que a prestação de uma sociedade é a confiança, em que os cidadãos são capazes de partilhar visões; que o Programa do Governo consubstancia essa preocupação; nos vários contactos entabuados com as instituições internacionais, nomeadamente com o sistema das Nações das Unidas, sempre mencionará a necessidade da construção da confiança na Guiné-Bissau, que permita a sociedade guineense se reencontrar, identificar elementos de intercepção que possam sustentar a estabilidade interna e edificar uma sociedade mais equilibrada.
Nesse quadro, o Governo solicitou o apoio do Banco Mundial para enviar um consultor que pudesse trabalhar com as instituições nacionais da soberania: Presidência, Assembleia Nacional Popular e o Governo, bem como a sociedade civil e organizações na construção da confiança na Guiné-Bissau.
O método usado pelo Piere para demonstrar como uma sociedade pode construir a confiança entre os seus cidadãos é através da explicação de uma árvore, que ele chama, árvore da confiança. Nessa árvore estão consignados vários pontos: a relação entre as instituições de soberania, justiça, forças militares, a média, o poder tradicional, as crenças culturais, a herança, o medo, a coerência da palavra e o ato, a corrupção, a cooperação e a solidariedade; a gestão de uma crise, etc.
Depois da explicação pedagógica de Winicki, sobre o exercício da construção da árvore da confiança, foram constituídos sete grupos de trabalho, que com base em questões colocadas, os participantes subsidiaram a intervenção do consultor, enriquecendo-a com inúmeras propostas sobre a análise da sociedade guineense, já evocadas em epígrafe.
O exercício permitiu compreender melhor a programática dos factores e da necessidade premente da construção da árvore da confiança entre nós. Foi deveras interessante, constatar que nas questões levantadas nos quadros pelos sete grupos, muitos dos pontos eram comuns, como por ex: a Impunidade. O que significa que há uma consciência dos problemas à volta da falta da confiança, que muitas vezes constitui um entrave ao desenvolvimento, que é necessário travar, para que se crie uma nova visão positiva a favor da confiança governativa, subconsequentemente da estabilidade interna.
É intensão deste importante exercício positivo da edificação da confiança se alargar-se a outras instituições públicas e privadas da nossa sociedade.
Bissau, 15 de junho de 2015
Carlos Vaz
Conselheiro de Comunicação e Informação
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