Grupo de proteção social a países de língua portuguesa, coordenado por Brasil


O Brasil vai coordenar um grupo de monitoramento das bases de dados sobre sistemas de protecção social nos países de língua portuguesa. A definição partiu da 13ª Reunião dos Ministros do Trabalho e de Assuntos Sociais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em Díli, capital do Timor Leste.

O encontro foi encerrado no início do mês e teve como tema “A extensão da Protecção Social a todos e a sua relação com o mercado de trabalho: em prol do desenvolvimento e do combate à pobreza”.

A iniciativa visa o fortalecimento dos sistemas de protecção nos países de língua portuguesa. Como meta, os países participantes reforçaram importância de uma base de dados actualizada para elaboração de políticas públicas, monitorização e prevenção de fraudes.

O chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Previdência Social, Eduardo Basso, apresentou estudo sobre a extensão da protecção social aos trabalhadores do mercado informal.

“É muito positivo para o Brasil poder contribuir com os países membros da comunidade para que fortaleçam seus sistemas de protecção social e, mais ainda, com a criação de sistemas em países que ainda não o têm. Acima de tudo, é uma troca de experiências", disse Basso.
Segundo ele, para o país anfitrião, por exemplo, a cooperação contribuirá com o surgimento de sistema "abrangente, semelhante ao Regime Geral de Previdência Social brasileiro”.




Documento

A Declaração de Tíbar (nome do documento que resultou do encontro, em referência a uma localidade do Timor Leste) contempla as propostas brasileiras de reforço de políticas públicas de proteção e inclusão de pessoas com deficiência. Além disso, fomenta o uso do portal CIPS, o Centro de Informação em Protecção Social. O documento também incentiva a troca de experiências e a partilha de boas práticas em prol do desenvolvimento para a redução da pobreza e da desigualdade social. 

A próxima Reunião de Ministros e a Cúpula (que reúne os chefes de estado e de governo dos nove países-membros), devem ocorrer no Brasil, que ocupará a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa em 2016 e 2017.

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