UE reabilita maternidade do leste da Guiné-Bissau para aliviar sofrimento das mulheres

Foto de arquivo



A maternidade da principal cidade do leste da Guiné-Bissau vai contar com novas salas e equipamento para "aliviar o sofrimento das mulheres" que recorrem aos serviços de saúde reprodutiva, anunciou a delegação da União Europeia (UE) no país.

"O objetivo deste projeto é contribuir para aliviar o sofrimento das mulheres em relação à saúde sexual e reprodutiva na região de Gabu, apostando numa maternidade sem riscos e no acesso aos serviços sanitários de qualidade", refere a UE, financiadora maioritária, em comunicado. O investimento vai ser inaugurado na terça-feira.

As melhorias vão abranger "o atendimento das mulheres nas consultas externas durante a gravidez, a fase do parto e o puerpério" e incluem formação dada aos profissionais de saúde nos últimos meses. De acordo como os mais recentes inquéritos à população, a taxa de mortalidade infantil desceu na Guiné-Bissau, nos últimos anos, mas registou-se um aumento da taxa de mortalidade materna.

Aquela taxa situa-se agora em 900 mortes por dez mil mulheres, segundo os dados recolhidos em 2014 e publicados este mês pelo Instituto Nacional de Estatística guineense e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS 5).

A reabilitação da Maternidade do Hospital Regional de Gabú foi realizada no âmbito do projeto "Reforço das ações de saúde sexual e reprodutiva" naquela região, em parceria com o Ministério da Saúde da Guiné-Bissau. O investimento ronda 1,1 milhões de euros, cofinanciado a 80% pela UE e a 20% pela ONG italiana Associazione Italiana Amici di Raoul Follereau (AIFO), também responsável pela sua execução, em parceria com a ONG ADIC-Nafaia.

No âmbito do mesmo projeto, vai ser apresentado o livro "Mulheres de Gabu. Saúde e Mobilização no Leste da Guiné-Bissau". O lançamento está marcado para segunda-feira, na Casa dos Direitos, em Bissau. Lusa

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