O presidente da CCIAS, Braima Camara, depositou a sua candidatura no passado dia 25 de abril nas instalações da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau . Rodeado de várias associações filiadas e de apoiantes anónimos, o presidente cessante garantiu estar "convicto na vitória, pois a esmagadora maioria dos associados confiam na sua direcção."
Braima Camara sublinha que este desafio é "um acto de exercício da cidadania. Estou bastante orgulhoso, e estou aqui como presidente cessante que está disponível para a renovação do mandato à frente dos destinos da CCIAS."
Para o presidente cessante da CCIAS, "o balanço é extremamente positivo, embora tenhamos ainda uma cultura de mentalidade do não pagamento das quotas e vamos trabalhar neste segundo mandato para que os associados se habituem a este princípio, porque qualquer organização vive da contribuição dos seus associados."
Haverá, por isso, "uma campanha de sensibilização nesse sentido. Temos direitos e deveres, consagrados nos estatutos nos artigos 13 e 14. Ninguém pode reclamar nada na CCIAS se não cumpre estes deveres."
Este segundo mandato será "uma mudança na continuidade", assegura. Quanto ao sector privado, Braima Camara garantiu que "a CCIAS conseguiu a coesão interna e tornou-se numa das instituições mais respeitadas no País. Tem maior visibilidade, demos saltos quer quantitativos quer qualitativos, conseguimos elevar o nível salarial dos nossos funcionários, temos autonomia energética, conseguimos fundar a revista Nova Dinâmica, construímos duas grandes infra-estruturas que poderá tornar-se num porto seco, formamos mais de 750 jovens que hoje assumem um papel muito importante no desenvolvimento da Guiné-Bissau."
Fala de seguida dos feitos conseguidos pela sua direcção: "Conseguimos pagar a dívida interna num total de 7 biliões de Fcfa que disponibilizamos ao sector privado, fundamos o FUNPI graças aos apoios do ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Jr, do seu ministro do Comércio Botche Candé e do das Finanças José Mário Vaz (hoje Presidente da República). A CCIAS fez um conjunto de realizações que nem consigo dizer assim de cabeça, isto para não falar de inúmeras iniciativas no exterior. Agora que marcamos a nossa presença em Bissau, vamos entrar forte nas delegacias da CCIAS nas regiões."
Sobre a conferência da CE-CPLP que decorreu na semana passada em Bissau, Braima Camara não tem dúvidas: "superou todas as expectativas, não é todos os dias que conseguimos mobilizar nove países, além dos países observadores. Conseguimos resolver um grande problema: vamos instalar um laboratório para a certificação de qualidade dos produtos que respeitarão todas as normativas da UE, permitindo assim que os nossos exportadores cheguem além fronteiras, com a qualidade que ali é exigida."
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