O ministro do Comercio da Guiné-Bissau, Serifo Embaló,
disse ontem à Lusa terem sido já apreendidas nas fronteiras do país com o
Senegal mais de 20 toneladas da castanha do caju em contrabando.
No ano passado, disse o governante, passaram em contrabando mais de 70 mil toneladas da
castanha guineense para o Senegal, situação que o Governo de Bissau
quer prevenir, adotando medidas repressivas na campanha de colheita e
comercialização deste ano, que arrancou a 18 de abril.
Quem for apanhado a tentar vender castanha de caju da Guiné-Bissau para o
Senegal, em circuito ilegal, terá o produto confiscado, bem como o
transporte, e ainda pagará uma multa ao Estado, esclareceu o ministro do
Comércio guineense.
Serifo Embaló disse ainda que o denunciante de uma tentativa de
venda da castanha ao Senegal terá direito a 40 por cento do valor da
venda dos produtos apreendidos, igual valor vai para os agentes estatais
que tenham participado na apreensão e os restantes 20 por cento para um
fundo de fiscalização.
Como forma de estancar o contrabando da castanha de caju, o Governo
decidiu este ano centralizar toda a exportação no porto comercial de
Bissau.
"São medidas tomadas pelo Governo para sustentar a economia nacional. O nosso país é frágil em termos de receitas", declarou o ministro do Comércio guineense.
Em condições normais, a Guiné-Bissau exporta (sobretudo para o mercado
indiano) entre 150 mil e 170 mil toneladas da castanha do caju por ano,
mas com o contrabando do produto em 2014 foram vendidas apenas 136 mil
toneladas, salientou Serifo Embaló.
A meta do Governo para este ano é exportar 200 mil toneladas, disse.
MB // VM
Lusa/Fim
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