JOSÉ MÁRIO VAZ AFIRMA QUE SEM O SECTOR PRIVADO NÃO HÁ EMPREGO


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O Presidente da República, José Mário Vaz (JOMAV) afirmou na passada quarta-feira, 22 de Abril, que sem um sector privado não há emprego. O chefe do Estado da Guiné-Bissau falava no acto de abertura da conferência da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CE-CPLP) que decorre de 22 a 23 do mês em curso, numa das unidades hoteleiras da cidade de Bissau.
José Mário Vaz disse ainda que o sector privado é incontornável no processo de desenvolvimento de qualquer país, pelo que no seu entender, sem o sector privado não há cobrança de impostos. O Chefe de Estado, assegurou que “não podia ser mais oportuna a ideia da realização desta importante conferência empresarial no nosso país, antes de completar um mês da realização da mesa redonda de Bruxelas”.
O Presidente da República afirmou ainda que a Guiné-Bissau se encontra no início de uma nova e decisiva etapa na sua caminhada rumo ao desenvolvimento. Acrescentou que o “actual momento oferece uma mão-cheia de oportunidades, o que naturalmente nos convoca a todos, os nossos parceiros, amigos e irmãos da CPLP para estarem na linha da frente na apresentação de iniciativas e para assumirem um papel determinante no aproveitamento dessas oportunidades, para o bem de todos”.
O presidente da Câmara de Comércio Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Braima Camará sublinhou na sua alocução que no âmbito das parcerias que o empresariado nacional pretende construir, deverá estabelecer prioridades, fazendo apostas ou escolhas nos sectores que podem ser competitivos.
“Se pretendermos fazer tudo ao mesmo tempo. O mais certo é falharmos. Embora temos um mercado nacional exíguo, mas temos um mercado sub-regional da UEMOA e da CEDEAO muito bem estruturados, com boas práticas no domínio económico e financeiro. Também com muita boa potencialidade económica”, notou o empresário.
O responsável da CCIAS disse que as parceiras entre os países lusófonos serão estratégicas se forem capazes de gerar as alianças necessárias. Afiançou neste particular que pode se utilizar a tecnologia brasileira e capital angolano na transformação do cajú da Guiné-Bissau, de forma a poder ter um produto final de boa qualidade competitivo em qualquer parte do mundo. Acrescenta ainda que o mesmo processo poderá acontecer com o peixe “atum” de Cabo-Verde e a camarão de Moçambique.
Para o presidente da CE-CPLP, Salimo Abdulah, os quatro principais motores do crescimento apresentados pelo governo guineense vão, sem dúvida, ao encontro daquilo que são as prioridades estabelecidas pela CE-CPLP, designadamente – Agricultura e Agro-indústria, Pescas, Turismo e a Extracção Mineira.
Abdulah afirma que o país poderá contar com apoio da sua organização no que for preciso. De acordo com o moçambicano que preside aquela instituição empresarial lusófona, o objectivo é ajudar cada uma das economias do espaço lusófono a crescer para que, juntos, se possa transformar a comunidade num espaço económico com menos desigualdades, mais emprego e menos pobreza, podendo juntos competir nos mercados internacionais, considerando que a CPLP é uma comunidade verdadeiramente competitiva.

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