Os restos mortais do compositor e intérprete, Fernando Jorge da Silva (Bidinte) foi a enterrar esta quarta-feira, 01 de abril, no Cemitério Municipal de Bissau (Bairro Achada) na presença de familiares, amigos e dos seus colegas músicos.
A direcção-geral da Cultura promoveu uma homenagem ao músico, onde os músicos nacionais cantaram para o malogrado. Os cantores nacionais ao entraram no cemitério começaram a tocar a viola, corá e até recitou-se a poesia para os restos mortais do músico em forma de homenagem.
O Secretário de Estado do Ensino Superior Fernando Dias, afirmou na sua intervenção durante a cerimónia de homenagem ao malogrado, que a Guiné-Bissau perdeu um grande homem da cultura que fez com que este país tão pequeno seja conhecido nos países lusófonos, também em outras áreas onde muitas gentes não conheciam a Guiné-Bissau.
Fernando Dias assegurou ainda que Bidinte não é uma simples figura do país, por isso que a Secretaria de Estado da Juventude Cultura e Desporto através da Direcção-Geral da Cultura fez questão de reunir pessoas da cultura guineense junto da família para em conjunto homenagear este músico que de alguma maneira sempre representou a Guiné-Bissau na sua forma de estar, vestuário e nunca perdeu com a sua identidade.
Awine da Silva, uma das filhas de Bidinte, com lágrimas nos olhos disse que ficaram surpreendidos com a morte do seu pai, “mas a melhor homenagem que podemos fazer é unirmo-nos para melhor poder resolver problemas que o país enfrenta”.
Esposa do malogrado, Dina Adão assegurou que Bidinte nasceu simples e viveu com simplicidade, “neste sentido quero ver os músicos fortes e unidos para afirmação da cultura guineense”.
Manecas Costa visivelmente triste asseverou que para melhor recordação ou homenagem deste músico é baptizar o nome de Fernando Jorge da Silva (Bidinte) numa avenida de cidade, porque fez tudo para Guiné-Bissau. “Estou a sentir dor com esta perda de grande homem da cultura guineense que sempre demostrou qualidade musical e exemplos claras no mundo da música”.
Sidónio Paz exortou o governo a criar condições para que os músicos possam viver como qualquer funcionário de Estado. Pediu ainda os músicos para trabalharem sério com competência e procurando formação na área de música para aperfeiçoar cada.
Recorde-se que Fernando Jorge da Silva (Bidinte) morreu com 53 anos e deixou quatro filhos. O músico editou dois álbuns no mercado, designadamente: Kumura e Iran di Fankas.
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