O
cantor, compositor e intérprete, Justino Gomes Delgado (JUJU), lançou
oficialmente no passado dia 6 de Março, o seu 11º álbum intitulado
“Estátua”, num dos hotéis da capital. O concerto do lendário da música
moderna guineense contou com a presença de centenas de fãs do artista
bem como do Secretário de Estado de Juventude, Cultura e de Desportos,
Tomás Gomes Barbosa. Participaram no concerto músicos nacionais de
renome internacional, designadamente Manecas Costa, Zé Manel Fortes,
Fernando da Goia (Bidinte) e uma banda nacional que acompanhou a
actuação do cantor.
Os cantores Ramiro Naca, Jovem Binham e o artista da nova geração NB
coloriram a noite de apresentação do disco. JUJU, ao entrar ao palco,
lançou três pombas brancas para o ar, enfatizando a paz que o país
precisa para se reencontrar e desenvolver.
O “show” decorreu ao ar livre, no recinto do hotel, testemunhado por
um luar brilhante e um frio que fazia sentir naquela noite. O músico
Jovem Binham foi quem deu a abertura das actividades com o seu tema
musical “Tudu na Passa”, do seu recente álbum chamado “Lifanti Pupa”. De
seguida atuaram outros cantores que se solidarizaram com “JUJU”. O
lançamento coincidiu com a comemoração do seu 35º ano no mundo da
música.
No final do concerto, JUJU disse à imprensa que decidiu fazer o
lançamento oficial seis meses depois de estar no mercado, porque
pretendia deixar que as pessoas o consumissem para se familiarizarem com
o álbum podendo depois “acompanhá-lo” nos concertos.
“Se assim não fosse, o público ficaria apenas a olhar sem cantar,
porque não estaria a perceber o que lhe está a ser transmitido. Mas
agora, as pessoas já se familiarizaram com o álbum e isso é motivo para
estar com o povo para brincar”, notou Justino Delgado.
Instado a pronunciar-se sobre a sua colaboração com o músico Manecas
Costa no lançamento do seu disco, Justino Delgado disse que o gesto
constitui uma retrospectiva do sonho que ambos tiveram desde quando eram
miúdos. “Acho que Deus acompanhou-nos com dedo grande até aqui hoje.
Com isso queremos deixar este legado na história do mundo, da
Guiné-Bissau e de África”.
“Somos dos mais simples homens que existem. Importantes no trabalho e
muito sérios no dom que Deus nos deu. O povo da Guiné-Bissau já nos deu
todo seu calor. Quero dizer ao Governo da Guiné-Bissau para não dormir e
deixar-nos morrer para de seguida virem ler-nos aquele enorme livro de
elogio fúnebre e agradecimento. Sabemos que todos temos valor, mas quem
não tem lágrimas chora cedo. Este é o único lamento que temos e o resto,
estamos aqui para o que der e para o que vier”, sublinhou JUJU.
Manecas Costa considera que é uma honra e um marco histórico para a
música do país estar ao lado do Justino Delgado, acrescentando que
cresceram juntos. E transportaram os sucessos desde a sua geração até a
geração seguinte, alguma vontade de dançar, de namorar.
“A nossa música faz parte de várias situações aqui no país, desde romances, casamentos, festa de amigos. Por isso, acho que é motivo de orgulho para todos os filhos da Guiné-Bissau e dos nossos fãs nos verem juntos num palco”, contou.
“A nossa música faz parte de várias situações aqui no país, desde romances, casamentos, festa de amigos. Por isso, acho que é motivo de orgulho para todos os filhos da Guiné-Bissau e dos nossos fãs nos verem juntos num palco”, contou.
Costa aponta que o grupo “África Livre” acaba por ser também uma
fórmula de união dos dois cantores nacionais de renome internacional.
Lembrando que “África Livre” foi onde nasceram na música, cresceram,
trabalharam e ambos partilharam vários momentos com colegas, uns estão
entre nós, mas outros não. Para Manecas Costa, o momento acaba por
constituir uma homenagem para ambos, sendo uma noite que vai marcar a
história da música guineense.
Manecas assegurou que essa união é para continuar, mostrando que os jovens artistas e músicos estão a despontar com grande talento e motivação. Devem aparecer mais “Justinos” e mais “Manecas”, e mais pessoas com capacidades devem emergir no país, porque esta é a terra de Amílcar Cabral. “Não podemos envergonharmo-nos nunca. Temos a capacidade de produzir aqui no país vários cantores e músicos e excelentes instrumentistas”.
Manecas assegurou que essa união é para continuar, mostrando que os jovens artistas e músicos estão a despontar com grande talento e motivação. Devem aparecer mais “Justinos” e mais “Manecas”, e mais pessoas com capacidades devem emergir no país, porque esta é a terra de Amílcar Cabral. “Não podemos envergonharmo-nos nunca. Temos a capacidade de produzir aqui no país vários cantores e músicos e excelentes instrumentistas”.
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