O Grupo de Trabalho sobre o Petróleo e outras Indústrias Extrativas realizou ontem, 4 de fevereiro, uma conferência sobre a problemática do corte de madeiras na Guiné-Bissau e as suas implicações para a economia e o meio ambiente. A conferência, que decorreu numa das salas da reunião do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), juntou técnicos de diferentes instituições públicas e de organizações não-governamentais. Durante o encontro, foi debatido o futuro das florestas do país que nos últimos tempos foram “invadidas por pessoas” a procura de pau de sangue e de bissilão.
O coordenador do Grupo de Trabalho sobre o Petróleo e as Indústrias Extrativas, Alfredo Simão da Silva, afirmou que a sua organização não tem nenhuma informação qualitativa sobre o abate de árvores, sobretudo nos anos 2012 e 2013. Disse contudo que “atualmente regista-se corte de árvores, mas de uma forma lenta e não como dantes; existem grandes quantidades de stock nas matas e nos contentores e que poderão ser exportados por via marítima ou terrestre”.
Na opinião do activista, a madeira tem que ser explorada para dar um rendimento ao país, porque a população guineense ganha por cada exportação 100 mil francos cfa, enquanto o intermediário sozinho pode ganhar um valor estimado em sete milhões de francos CFA.
“Agora imaginem quanto ganha o país para onde é levada! Por isso, é importante debater este assunto. Neste momento o corte da madeira tornou-se numa actividade de renda, como a exploração da castanha de cajú. A população agora serve-se de intermediários nos contactos com os compradores de madeira, o que é muito mau para a nossa sociedade”, referiu o ativista.
O coordenador explicou ainda que a zona sul e leste do país são as mais afetadas pelo corte de madeira, lamentando o facto de a devastação da floresta ter atingido a zona protegida de Cufada (Buba).
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