Nova Iorque - O último relatório do secretário-geral da ONU sobre a Guiné-Bissau, que o Conselho de Segurança discute a 5 de Fevereiro, considera "essencial" a relação entre Presidente José Mário Vaz e o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e indica alguns desafios.
"Uma relação construtiva entre o Presidente, o primeiro-ministro e o presidente da Assembleia Nacional continuará a ser essencial enquanto se levam por diante as reformas necessárias", indica o relatório.
O mesmo documento acrescenta que "o potencial de recuo para a instabilidade e inconstitucionalidade permanecerá alto enquanto as causas de raiz continuarem por resolver", sublinha o documento.
"Desde a independência, em 1974, o país nunca viu um governo terminar o seu mandato", lembra.
O documento, consultado pela Lusa, refere que "o governo mostrou uma forte vontade política e, fazendo-o, já encontra alguns sinais de resistência."
A ONU acredita que a maior ameaça é "um recuo no consenso político dentro do governo e uma exacerbação das tensões entre os principais líderes políticos".
Estas conclusões são conhecidas depois das notícias que dão conta de um mal-estar entre o primeiro-ministro guineense e o Presidente do país.
Domingos Simões Pereira admitiu esta semana a "falta de alguma concertação" num país que está a sair de uma situação "terrivelmente difícil".
"É preciso compreender que a Guiné-Bissau está a sair de uma situação terrivelmente difícil, há muitos interesses em presença, os partidos políticos estão numa recomposição interna, o jogo político não está totalmente clarificado e compreendo que tudo isso não é muito fácil para o Presidente, nem para mim. Mas acredito que vamos conseguir um consenso que o povo guineense não só pede”,enfatizou.
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