GOVERNO PÕE FIM AO PROTOCOLO DE GESTÃO DO HOSPITAL RAOUL FOLLEREAU COM ONG AHEAD


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O executivo tinha já anunciado a suspensão do protocolo, a 20 de janeiro, alegando incumprimento do acordo que vigorava desde 2012, e justificou agora o fim do mesmo com o facto de a ONG não ter respondido a nenhum dos contactos do Ministério da Saúde.
“Sem qualquer reação por parte da ONG AHEAD, o Ministério da Saúde Pública decide pôr fim ao protocolo rubricado entre as partes”, referiu-se no comunicado, sustentando que quase um mês depois da suspensão das atividades no Centro não houve qualquer reação da parte da ONG.
A ministra da Saúde Pública, Valentina Mendes, classificou a gestão da organização italiana de “pouco transparente” e o governo passou, desde janeiro, a coordenar e a dar resposta às necessidades do hospital.
Em entrevista à Lusa, em Bissau, Elizabeth Martins, diretora-geral da unidade, nomeada pelo executivo, sublinhou que, além da falta de transparência, a equipa que geria o hospital era pouco cooperante com os elementos ali colocados pelo Ministério da Saúde Pública e faltou aos compromissos.
De acordo com aquela responsável, citada pela Lusa, a organização italiana anunciou 25 milhões de euros para gerir o hospital durante cinco anos, disponibilizando 412 mil euros por cada ano com a alimentação, compra de medicamentos e manutenção, mas tal “nunca passou de promessas”.
A AHEAD assumiu funções em junho de 2012 a partir de um acordo rubricado com o então governo de transição.
Segundo acordo, a ONG italiana estava encarregue de fornecer gratuitamente alimentação e medicamentos aos doentes e o Governos responsabilizaria apenas de fornecer a energia eléctrica ao Centro, facto que recorrentemente a direçao da AHEAD,mdiz o Governo, não cumpriu até o cancelamento do acordo.
Em janeiro, Mamadu Saliu Sanhá, representante da ONG AHEAD na Guiné-Bissau, considerou serem infundadas as acusações do governo e prometeu na altura resistir pela causa da saúde pública.
O Hospital Raoul Follereau é um centro especializado para a cura e tratamento de tuberculose e de assistência médica e medicamentosa aos pacientes com HIV/SIDA.
Por: Filomeno Sambú

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