Bissau 11 Fev 15 (ANG) – O Sindicato de Base (SB) da Rádio Difusão
Nacional (RDN) acusou hoje o Director Administrativo e Financeiro do
Ministério da tutela de ter desviado 810 mil Francos CFA correspondente aos salários do pessoal menor afectos àquela estação emissora.
A denúncia foi feita em conferência de Imprensa pelo Presidente do Sindicato de Base da RDN, Bacar Tcherno Dolé que afirmou que Daniel de Barros teria levantado o referido montante no Ministério das Finanças e o ter usado de forma indevida.
Bacar Tcherno Dolé disse que o DAF já confessou o acto e informado o Ministro de tutela, Agnelo Regala através duma carta.
Dole acrescentou que o visado teria prometido regularizar o problema até Dezembro de 2014, mas que entretanto não o fez.
“A situação agudizou-se de tal forma que não vamos admitir que prolongue por mais tempo.
Salário é uma coisa sagrada e ninguém tem o direito de apropriar-se do ordenado alheio “ advertiu.
O Presidente do Sindicato de Base da RDN, pediu a intervenção do Ministro da Comunicação Social, Agnelo Augusto Regala e do Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira para solucionar esta contenda, pois, caso contrario, vai convoca uma paralisação da RDN por tempo indeterminado.
Bacar Dolé apelidou o acto de “crime” e chamou de “criminosos” os supostos “padrinhos” do DAF. “Não vamos tolerar mais”, disse.
Segundo este sindicalista quando se descobriu a situação, o sindicato teria abordado ao DAF, Daniel de Barros que de imediato confirmou ter levantado e usado o dinheiro no pagamento dos subsídios dos funcionários afectos ao Ministério da Comunicação Social, no lugar de o entregar aos donos (pessoal menor da RDN).
“Na altura garantiu-nos que iria devolver o montante num período de 30 dias, facto que não aconteceu até hoje “ lembrou Bacar Tcherno Dolé.
Entretanto, contactado pela ANG, Daniel de Barros considera a acusação de “má-fé”
da parte dos seus autores. Confirmou ter levantado o montante, mas
esclareceu tê-lo destinado ao pagamento de subsídio dos funcionários do
Ministério da Comunicação.
“Foi uma confusão, porque na
altura do levantamento do dinheiro, as Finanças não especificaram se
tinham incluído o montante dos salários do pessoal menor da RDN”, disse o DAF
que acrescentou que o assunto já é do conhecimento do Ministro da
tutela que, segundo sublinhou, se encontra empenhado na procura de
solução para o problema.
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