Centenas de soldados, polícias, bombeiros e guardas prisionais da Gâmbia manifestaram-se hoje, na capital, Banjul, em solidariedade com o presidente Yahya Jammeh.
Quatro dias depois de um ataque contra o palácio presidencial, os
elementos das forças da ordem gambianas marcharam até ao parlamento do
país, no centro de Banjul, para demonstrar a sua lealdade ao regime.
O chefe da diplomacia gambiana, Bala Garba Jaxumpa, também participou no protesto, e o vice-presidente, Isatu Ndie Saidy, conversou com os manifestantes, que seguravam bandeirolas e cartazes nos quais se podia ler, segundo a agência AFP: "Longa vida ao presidente", "O nosso comandante em chefe é o nosso líder" ou "Yahya Jammeh para sempre".
Jammeh -- que acumula a função de chefe de Estado com a de ministro da Defesa -- já disse que acredita que o ataque contra o palácio "não teve qualquer participação de elementos das forças armadas", que "são verdadeiramente leais".
O presidente, que estava em visita privada ao Dubai quando
aconteceu o ataque, descartou a hipótese de tentativa de golpe militar,
considerando antes que se tratou de um assalto orquestrado por
"dissidentes residentes nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido" e "terroristas apoiados por potências" estrangeiras.
Segundo fontes militares gambianas não identificadas pela AFP, o
ataque ao palácio, que aconteceu na madrugada de terça-feira, foi
realizado por homens fortemente armados, que utilizaram uma piroga para
desembarcar na marina da capital.
Jammeh, de 49 anos, chegou ao poder em 1994, na sequência de um golpe de Estado, e dirige o país com mão de ferro.
Segundo uma fonte ligada ao inquérito não identificada pela AFP,
depois do ataque contra o palácio, várias dezenas de civis e militares
foram detidos e uma grande quantidade de armas e explosivos foi
apreendida.
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