Um ferido grave e várias casas destruídas é o resultado de um confronto registado terça-feira entre populares dos bairros de Pabdjar e N’Dam, arredores de Bissau.
Segundo Herculano Armando Benquinça, dono de uma das casas atingidas pela fúria dos populares de Pabdjar, tudo estaria ligado a uma disputa de terra entre as duas povoações vizinhas.
“Desde que iniciei a minha obra de construção de casa em 2011, ninguém reclamou que o terreno lhe pertence. Sou ocupante tradicional deste terreno porque herdei-o do meu pai,” disse Herculano Benquinça.
Declarou que antes de iniciar a construção da sua casa tinha solicitado a Direcção da Câmara Municipal de Bissau (CMB) para controlar o terreno, assim como pagou um por cento dos dez lotes cobrados pela CMB.
Esta vítima destacou por outro lado que aquele conflito, teve inicio em 2010, tendo os populares de Pabdjar ferido um morador da tabanca rival.
“O mesmo incidente voltou a se repetir na madrugada de terça-feira, envolvendo cerca de 200 pessoas da tabanca de Pabdjar que invadiram a povoação de Ndam tendo derrubado os murros das nossas casas e ferido o meu tio chamado Marciano Benquinça”, disse.
Herculano Armando Benquinça, apelou aos moradores das duas tabanca, a se manterem serenos e permitirem que as autoridades competentes resolvessem o problema.
O chefe do grupo de supostos agressores, Vítor Correia, em declarações a Televisão da Guiné-Bissau, defendeu que a terra ocupada pelos moradores da tabanca de Ndam, pertence aos seus avôs e que eles é que são os verdadeiros herdeiros daquela área.
“Para nos, foi uma ofensa , razão pela qual decidimos vingar-lhes acabando assim por atacar e derrubar as construções que vinham a fazer naquela localidade”, explicou.
Questionado sobre as circunstâncias em que atingiram gravemente com catanas uma pessoa do ouro grupo, Victor Correia disse que a vitima estava a atirar pedras contra eles e em resposta foi retalhado e ferido.
O presidente da Câmara Municipal de Bissau, Adriano Ferreira deslocou-se ao local depois dos incidentes tendo constatado que as construções na origem de disputas são ilegais.
Ferreira avisou que qualquer construção em situações idênticas será destruída pela Câmara.
A Enfermeira Chefe de Hospital Nacional Simão Mendes, Ema Albino disse que a vítima dos confronas entre populares das duas tabancas de arredores de Bissau chegou ao hospital com sinais de duas catanadas na cabeça e apresentava sinais de cansaço físico e foi tratado tendo recuperado mais tarde.
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