Nova York - O Governo de Portugal está a estudar uma maior participação no processo de reforma das forças armadas da Guiné-Bissau.
O país africano, que emergiu de um golpe de Estado realizado em 2012,
começou consultas para reformular o seu aparato estatal de segurança
após dar posse a um governo democrático em meados deste ano.
Em entrevista à Rádio ONU, o embaixador de Portugal, Álvaro Mendonça e
Moura, disse que Portugal pode dar um grande contributo à formação de
novos militares porque este é um domínio no qual a nação europeia tem
"larga experiência."
"Há uma grande necessidade de reestruturação das forças armadas na Guiné-Bissau
que, infelizmente, têm tido no passado um papel que, por vezes, colocou
em causa a ordem institucional estabelecida. É preciso restruturar
essas forças armadas, e é preciso formar novos oficiais. Portugal
tem um larga experiência neste domínio e estará disponível dentro das
medidas de suas possibilidades para participar neste esforço de formação das futuras forças armadas da Guiné-Bissau."
Em novembro, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira,
autorizou o início de consultas com militares guineenses sobre
possibilidades de reforma ou aposentadoria de parte dos quadros atuais.
Em entrevista à Rádio ONU, Simões Pereira explicou que o
processo devia ser transparente e claro nas suas ofertas e opções. Além
disso, o chefe do governo guineense enfatizou que as famílias dos
militares precisavam ser contempladas no pagamento dos benefícios caso
os oficiais optassem pela reforma.
Além de Portugal, outros países como o Brasil também já demonstraram interesse na cooperação com o setor da segurança. Em entrevista à Rádio ONU, o embaixador do Brasil junto às Nações Unidas informou que a ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Cadi Seidi, realiza visita ao Brasil este mês para discutir o tema com autoridades em Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário