Vicente Fernandes:”VICTOR MANDINGA ESTÁ FORA DO PCD DEFINITIVAMENTE”




O líder do Partido da Convergência Democrática, Vicente Fernandes, afirmou ontem, 03 de julho 2017, que “Victor Mandinga está fora do partido definitivamente e não o representa mais no Conselho do Estado, porque a providência cautelar do tribunal deu-lhes razão e que durante a convenção decidiram bani-lo e proibi-lo de usar materiais do PCD”.
Vicente Fernandes falava durante uma conferência de imprensa promovida na sede do partido, para abordar a situação atual desta formação política e do país. Na ocasião, Fernandes explicou que após um conflito interno no partido há mais de um ano, no qual os protagonistas eram ele [Vicente Fernandes] e o Victor Mandinga (atual ministro do comércio), segundo disse, as causas eram o interesse económico relacionado com a castanha de cajú, quando Fernandes era o ministro do comércio em 2015.
Vicente Fernandes acrescentou ainda que a situação fez com que o antigo presidente do partido [Victor Mandinga] decidisse ajudar o Presidente, José Mário Vaz, e quis afastá-lo da presidência do PCD, invocando que assumiria interinamente a presidência do partido. Para Fernandes, esse fato viola os estatutos do partido. De acordo com Vicente Fernandes, os estatutos do PCD não permitem ter uma figura de um presidente interino, incluindo “pessoas que nem se quer participaram no congresso do Gabú”.
“Serenamente, esperamos que o processo corresse normal e convocamos a convenção, onde analisamos e discutimos a situação interna do partido e dos suspensos. Decidimos expulsar definitivamente do partido o Victor Mandinga, e para os setes apoiantes dois anos de suspensão. Esperamos que cumpram com a decisão do partido, e do Supremo Tribunal de Justiça” frisou Vicente.
Vicente garante que o PCD está mais forte e determinado em defender os valores fundamentais da democracia e dos direitos democráticos e avisa ao Victor Mandinga para ‘não usar ou falar em nome do partido nem no Conselho de Estado’, acrescentando que se fizer o contrário, ‘automaticamente estará a cometer crime contra o processo judicial que lhes concedeu a razão’.
Por outro lado, Vicente Fernandes acusa o Presidente José Mário Vaz de instalar um regime de ditadura no país. Em sua opinião, o Chefe de Estado ‘não respeita as regras da democracia’, acusando-o de tirar o poder ao PAIGC, ‘escolhendo o ministro ao seu belo prazer, criando divisões em toda a sociedade guineense’. Acusou ainda o atual governo de ser caduco e sem validade constitucional, mas que continua a assinar acordos internacionais sem a fiscalização da Assembleia Nacional Popular.
Relativamente ao fecho dos órgãos de comunicação social portugueses instalados no país, nomeadamente a RTP-África e RDP-África, Vicente considera que não foi a caducidade do acordo. No seu entender, tem a ver com o atual regime que acusa de ‘não conseguir controlar, mandar e desmandar sobre estes órgãos como fazem com a RDN e TGB. Segundo disse, as tais situações de controlo se vê mesmo nas declarações do Presidente JOMAV, que quer que os jornalistas divulguem apenas o bem do país, ou seja, o bem do governo, enquanto na sua opinião ‘o país está a viver um caos tendo em conta que os preços dos produtos da primeira necessidade que estão muito elevados’.

Por: Epifânia Mendonça/MO

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