Coordenador do Sistema de Fiscalização Marítima da Guiné-Bissau (FISCAP) lamenta o facto de estarem a actuar na fiscalização sem meios para fazer face as ameaças encontradas no mar. Na ocasião foi anunciado que o agente que tinha sido sequestrado pelos pescadores Senegaleses está voltou ao país Sam e salvo
O comandante Fragata igualmente coordenador do FISCAP, Mário Fambé, falava ontem quinta-feira (20/07), em conferência de imprensa, para esclarecer as circunstâncias do sequestro do agente da Brigada Costeira da Guarda Nacional (GN), pelos pescadores senegaleses.
Fambé defende por outro lado que é preciso ter autonomia para garantir a melhor fiscalização marítima.
“O sistema de fiscalização marítimo não tem condição de fazer o trabalho como se exige, porque a embarcação não é credível, se tivemos embarcação credível com a capacidade autonomia para levar mais agentes, em cada piroga poderíamos abordar dois homens, mas como é pequeno não pode transportar muitas agentes”, lamenta.
Segundo ele, o Estado da Guiné-Bissau tem que procurar meios para disponibilizar os de direitos (Marinha Nacional e Guarda Nacional) para fiscalizar as nossas águas e garantir a segurança marítima, pescas ilegal e pirataria, a embarcação que dispõem não pode chegar às linhas de base.
“Onde está a soberania”, questiona.
Para desencorajar as práticas nefastas nas águas nacionais, Mário Fambé pede a revolução do sistema marítimo nacional e é preciso aumentar o sistema e criar meios adequados, com helicópteros, montagem de radares para poder localizar e balizar todas as canoas que tomaram a licença na Guiné-Bissau para melhor fiscalizar, “como fazem em Mauritânia nenhuma piroga consegue pescar de forma ilegal”.
O responsável da fiscalização marítima nacional, insta por outro lado as autoridades Senegalesas uma actuação adequada contra os responsáveis pelo sequestro do agente guineense.
“Queremos que as autoridades senegalesas como amigos e irmãos nos mostram que o comportamento dos seus pescadores é inaceitável, porque nem eles não vão ficar satisfeitos com o comportamento dos nossos pescadores quando sequestraram um militar. Militar quando está fardada é o símbolo nacional e foi com um dos nossos que fizeram isso é inaceitável”, pede o responsável que pede a reacção do estado senegalês”.
O sequestro aconteceu depois da Brigada Costeira da Guarda Nacional prender mais de dez pirogas dos pescadores senegaleses que se encontravam a pescar ilegalmente nas águas territoriais.
Segundo Mário Fambé entre as onze pirogas apreendidas quatro delas desapareceram.
O agente sequestrado pelos pescadores senegaleses já se encontra no país Sam e salvo.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Imagem: Braima Siga
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