O chefe de Estado do Gana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, disse sexta-feira que a instabilidade política na "Guiné-Bissau tornou-se um buraco, com tendência para contagiar toda a região", considerando que está na hora de encontrar uma solução.
"A situação é preocupante e tem sido assim nos últimos 20 anos. Está na hora de encontrar uma solução porque a instabilidade na Guiné-Bissau tem tendência para contagiar o resto da região", disse Nana Addo Dankwa Akufo-Addo.
O Presidente da República do Gana, que até domingo visita Cabo Verde, falava, na cidade da Praia, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca. Para o chefe de Estado ganês, a Guiné-Bissau "tornou-se num grande buraco na estrutura da região".
"A necessidade de encontrarmos uma solução é absolutamente urgente. Não pode haver qualquer dúvida sobre isto. É absolutamente crítico que encontremos uma fórmula diplomática, política e de segurança que nos permita trazer paz e estabilidade", disse.
Lembrando que há uma década, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros do Gana, passou longo tempo em Bissau no âmbito de contactos para encontrar uma solução para as crises políticas no país, lamentou que o problema permaneça.
"Dez anos depois são as mesmas coisas, tem que acabar. É uma questão de urgência e estamos muitos comprometidos para trabalhar no contexto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para tentar encontrar uma solução viável", disse.
Por seu lado, Jorge Carlos Fonseca considerou que, além dos esforços da CEDEAO, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e países amigos, "o problema na Guiné-Bissau só pode ser resolvido se houver uma vontade genuína dos guineenses e dos seus agentes políticos para encontrar fórmulas de consenso".
"Ninguém pode resolver o problema da Guiné-Bissau sem os guineenses. Por isso, o diálogo entre todos os agentes e atores políticos guineenses é fundamental", acrescentou.
A Guiné-Bissau está mergulhada numa crise política na sequência das eleições gerais de 2014. Divergências entre as duas principais forças políticas no Parlamento guineense, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS), levaram ao bloqueio da instituição, pelo que sucessivos governos não conseguiram fazer aprovar os seus planos de ação ou propostas de orçamento.
O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas, mas afastado do poder devido às divergências com o Presidente guineense, diz que o impasse político só irá terminar com a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições gerais antecipadas.
Uma missão da CEDEAO em novembro conseguiu chegar a um consenso entre as partes para nomear um novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, no seguimento dos "Acordos de Conacri", assinados um mês antes. No entanto, mais de seis meses depois o impasse continua. Guiné-Bissau, Gana e Cabo Verde fazem parte dos 15 estados que integram a CEDEAO.
"A situação é preocupante e tem sido assim nos últimos 20 anos. Está na hora de encontrar uma solução porque a instabilidade na Guiné-Bissau tem tendência para contagiar o resto da região", disse Nana Addo Dankwa Akufo-Addo.
O Presidente da República do Gana, que até domingo visita Cabo Verde, falava, na cidade da Praia, em conferência de imprensa conjunta com o homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca. Para o chefe de Estado ganês, a Guiné-Bissau "tornou-se num grande buraco na estrutura da região".
"A necessidade de encontrarmos uma solução é absolutamente urgente. Não pode haver qualquer dúvida sobre isto. É absolutamente crítico que encontremos uma fórmula diplomática, política e de segurança que nos permita trazer paz e estabilidade", disse.
Lembrando que há uma década, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros do Gana, passou longo tempo em Bissau no âmbito de contactos para encontrar uma solução para as crises políticas no país, lamentou que o problema permaneça.
"Dez anos depois são as mesmas coisas, tem que acabar. É uma questão de urgência e estamos muitos comprometidos para trabalhar no contexto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para tentar encontrar uma solução viável", disse.
Por seu lado, Jorge Carlos Fonseca considerou que, além dos esforços da CEDEAO, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e países amigos, "o problema na Guiné-Bissau só pode ser resolvido se houver uma vontade genuína dos guineenses e dos seus agentes políticos para encontrar fórmulas de consenso".
"Ninguém pode resolver o problema da Guiné-Bissau sem os guineenses. Por isso, o diálogo entre todos os agentes e atores políticos guineenses é fundamental", acrescentou.
A Guiné-Bissau está mergulhada numa crise política na sequência das eleições gerais de 2014. Divergências entre as duas principais forças políticas no Parlamento guineense, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS), levaram ao bloqueio da instituição, pelo que sucessivos governos não conseguiram fazer aprovar os seus planos de ação ou propostas de orçamento.
O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas, mas afastado do poder devido às divergências com o Presidente guineense, diz que o impasse político só irá terminar com a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições gerais antecipadas.
Uma missão da CEDEAO em novembro conseguiu chegar a um consenso entre as partes para nomear um novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, no seguimento dos "Acordos de Conacri", assinados um mês antes. No entanto, mais de seis meses depois o impasse continua. Guiné-Bissau, Gana e Cabo Verde fazem parte dos 15 estados que integram a CEDEAO.
LUSA/MO
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