PGR GARANTE QUE NÃO VAI CUMPRIR DECISÕES IMPOSTAS FORA DA LEI


Obedecer os políticos para cumprir as leis? Ou obedece-los para cumprir ilegalidade!?
Acho que a resposta já foi dada pelo PGR.
Que bom ouvir isto. E que bom seja aplicado na pratica.
O Procurador-geral da República (PGR), António Sedja Na Man, quebrou o silencio, garantiu que o organismo que chefia vai continuar a trabalhar de forma isenta e imparcial na tomada de decisões, e garantiu que não vai cumprir as regras impostas fora da lei da Guiné-Bissau, “independentemente de onde vierem”.
António Sedja Na Man falava durante a cerimónia de tomada de posse de dois magistrados recentemente promovidos à categoria de Procurador-geral Adjunto e Delegado do Procurador da República.
O PGR reconheceu ainda que atualmente existem profundas contradições na sociedade guineense, sublinhando que algumas pessoas querem transferir tais contradições para o poder judicial.
“Existem muitas contradições na sociedade neste momento que as pessoas querem transferir para poder judicial. Estaremos atentos e vamos trabalhar no sentido de resistir, porque o poder judicial deve ser um poder estável para garantir a segurança jurídica a todos os guineenses bem como aos estrangeiros que escolheram a Guiné-Bissau como país”, disse.
Por outro lado, o Procurador-geral da República pediu que ao poder judicial não sejam impostas regra extra judicial ou que não existam no ordenamento jurídico da Guiné-Bissau. “Nós não vamos cumprir as regras que não existem, custe o que custar”, sublinhou.
O Procurador-geral da República já tinha denunciado há duas semanas alegadas interferências do poder político no sistema judicial da Guiné-Bissau.
Recordamos que, “desacato do PGR em deter DSP, João Bernardo Vieira e Geraldo Martins suscitou mal-estar entre José Mário Vaz e António Sedja Man.”
A inquietação suscitou uma reunião no dia 28 de março, na “Casa de Pedra”, pelas 17 horas, em Bissau.

Notabanca/MO

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