MEDICAMENTOS SÃO ROUBADOS POR FALTA DE CONTROLO NA GUINÉ-BISSAU



O Ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai admitiu no dia, 12 de maio 2017, que a falta de controlo por parte do próprio pessoal da saúde contribuiu muito nos desfalques dos medicamentos nos armazéns.
Barai falava a’O Democrata, durante a cerimônia de entrega de chaves do edifício reabilitado onde funciona os serviços do Programa Alargado de Vacinação (PAV) junto às instalações do Hospital ‘3 de Agosto’.
A obra foi financiada pela Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI) no quadro de apoio do sistema de saúde e é orçada em cerca de cem milhões de francos CFA [150 mil euros), incluindo os mobiliários e os equipamentos informáticos. Mas a entrega foi feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em presenças dos representantes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do PLAN Internacional, ambos na qualidade de parceiros da PAV.
Carlitos Barai assegura que o edifício ora reabilitado contribuirá na melhor conservação dos medicamentos, evitando, acima de tudo, os roubos.
“Ninguém mais será tolerado de assumir as consequências das suas irresponsabilidades, como aconteceu após a [minha] tomada de posse em dezembro de 2016, onde foram roubados medicamentos no armazém e ninguém sabe explicar, apesar de estar ainda aberto o inquérito”, ameaçou Barai.
O representante da OMS, Ayigan Kossi, disse que é difícil alcançar resultados satisfatórios de cobertura vacinal se não forem criadas condições de base necessárias. Foi o que motivou o investimento na referida obra com uma parte de contribuição dos doadores das Nações Unidas com vista a reforçar o sistema de saúde da Guiné-Bissau. Kossi espera que o edifício reabilitado consiga estabilizar o funcionamento da PAV e pediu o bom uso do mesmo.



Por: Epifânia Fernandes Mendonça /MO



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