Manuel "Manecas" dos Santos, veterano da luta armada pela independência da Guiné-Bissau, foi ontem ouvido no Ministério Público, em Bissau, para esclarecer as suas afirmações sobre a eminência de um golpe de Estado no país.
Acompanhado do advogado e de alguns militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), "Manecas" dos Santos disse ter reafirmado perante os magistrados o que é "apenas uma opinião".
"O meu depoimento correu muito bem, eu reafirmei aquilo que tinha a reafirmar. Acabou aí", afirmou "Manecas" dos Santos, que enalteceu a postura dos magistrados que o ouviram.
Em entrevista ao jornal português Diário de Noticias, no passado mês de abril, "Manecas" dos Santos defendeu ser possível que venha a acontecer um novo golpe militar na Guiné-Bissau devido à situação de impasse político que se vive no país há cerca de dois anos.
O advogado Carlos Pinto Pereira explicou aos jornalistas que "Manecas" dos Santos foi ouvido na qualidade de denunciante e não de suspeito e que saiu do Ministério Público sem qualquer medida de coação.
"No nosso ponto de vista o assunto está resolvido", sublinhou Pinto Pereira, que esclareceu ainda que o ex-militar apenas exteriorizou o seu sentimento enquanto cidadão preocupado com a situação do país.
"Ele entendeu que há um mal-estar na sociedade guineense e que poderia eventualmente conduzir aquela situação", disse o advogado, referindo-se a um hipotético golpe de Estado.
Conosaba/Lusa/MO
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