O Presidente português apelou ontem ao diálogo e à negociação para desbloquear o impasse institucional na Guiné-Bissau, enquanto o chefe de Estado do Senegal afirmou ter esperança de que se chegará a uma solução consensual.
Marcelo Rebelo de Sousa e Macky Sall falavam numa conferência de imprensa conjunta, no palácio presidencial, em Dacar, em que nenhum dos dois quis responder diretamente sobre se defende ou não a antecipação das eleições legislativas na Guiné-Bissau.
O chefe de Estado português, que se encontra em visita ao Senegal, salientou que "há um acordo que foi assinado, por todas as partes essenciais na Guiné-Bissau, mas também adotado pelos parceiros internacionais", e defendeu que "é preciso tentar aplicá-lo, com paciência, com negociação, com diálogo. É difícil, sem dúvida", considerou Marcelo Rebelo de Sousa, que falou em francês, a língua oficial no Senegal.
Afinal havia acordo...
O Presidente português, que iniciou ontem uma visita de Estado ao Senegal, defendeu, por outro lado, que "é muito importante que a comunidade internacional nunca adote uma posição de indiferença" em relação à Guiné-Bissau.
O Presidente senegalês considerou que o Senegal tem "um dever de solidariedade" para com a Guiné-Bissau e que o seu papel é "dar um contributo na procura de uma solução consensual" nesse país vizinho, com respeito pela sua soberania.
Micky Sall referiu que "o Acordo de Conacri foi obtido com muita dificuldade" e acrescentou que tem esperança de que todas as partes envolvidas, "o Presidente da República, o PAIGC, o parlamento", conseguirão, com diplomacia, "chegar a um consenso" do exclusivo interesse do povo da Guiné-Bissau, evitando uma situação "mais difícil ainda".
Braima Darame/MO
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