Um grupo de cidadãos da Guiné-Bissau apoiantes do atual Governo realizou ontem em Bissau uma manifestação pacífica para exigir a retoma dos trabalhos no Parlamento do país, bloqueado há mais de um ano. O grupo autodenominado Movimento o Cidadão – que pugna pela paz, justiça, democracia e cidadania- juntou centenas de pessoas, na sua maioria jovens e membros do Governo e alguns deputados, numa marcha que percorreu algumas artérias de Bissau até ao Parlamento.
Com dísticos, em que se podiam ler frases de apoio ao Governo de Umaro Sissoco Embaló e ao Presidente guineense, José Mário Vaz, o grupo exigiu ao líder do parlamento, Cipriano Cassamá, que reabra o órgão.
Divergências de interpretação do regimento de funcionamento entre os deputados dos dois principais partidos, PAIGC e PRS, têm impedido que decorram normalmente os trabalhos no órgão há mais de ano e meio.Com dísticos, em que se podiam ler frases de apoio ao Governo de Umaro Sissoco Embaló e ao Presidente guineense, José Mário Vaz, o grupo exigiu ao líder do parlamento, Cipriano Cassamá, que reabra o órgão.
O facto tem impedido que sucessivos governos apresentem aos deputados, em plenária, os seus planos de ação e Orçamento Geral do Estado.Os apoiantes do atual Governo responsabilizam Cipriano Cassamá pelo bloqueio.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento guineense) “confunde o seu estatuto de mero representante desse órgão com o próprio órgão”, acusou Ussumane Camará, presidente do Movimento o Cidadão.
O Movimento entende que Cipriano Cassamá e os oito deputados do PAIGC da comissão permanente visam, com o bloqueio do Parlamento, precipitar a demissão do governo ou a dissolução do Parlamento pelo chefe do Estado.
Ussumane Camará não coloca de parte a hipótese de o grupo avançar com uma queixa-crime contra Cipriano Cassamá os deputados do PAIGC da comissão permanente “por violação da Constituição e do regimento” do parlamento.
Ussumane Camará não coloca de parte a hipótese de o grupo avançar com uma queixa-crime contra Cipriano Cassamá os deputados do PAIGC da comissão permanente “por violação da Constituição e do regimento” do parlamento.
Notabanca/MO
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