Dia Internacional da Mulher. Foto: Banco Mundial
ONU assinala colaboração com Guiné-Bissau para marcar Dia da Mulher
Data foi marcada por inauguração do Gabinete de Género no Ministério da Mulher; coordenador interino do Sistema das Nações Unidas apresentou mensagem do secretário-geral da ONU no ato central das celebrações.
As festividades deste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, começaram na manhã com uma corrida de bicicletas do aeroporto de Bissau para o centro da cidade. A área acolheu o ato solene, presidido pelo ministro da Mulher e presenciado pelo coordenador interino do Sistema das Nações Unidas no país, Ayigan Kossy.
Documento Estratégico
A cerimónia encerra o ateliê que avaliou a situação do género na Guiné-Bissau e validou o plano de ação da Política Nacional para a Igualdade de Género.
A iniciativa do governo foi técnica e financeiramente apoiada pelas agências da ONU.
No documento constam as principais políticas ligadas à mulher guineense. O destaque vai para a participação feminina nas esferas de tomada de decisão e acesso aos setores formais da economia, de acordo com a representante do Programa dos Voluntários das Nações Unidas da ONU, Laura Amador.
Laura Amador. Foto: ONU News/Amatijane Candé
"Não podemos falar por exemplo da participação política da mulher sem que ela tenha acesso aos níveis de educação suficiente que lhe permita participar na esfera de decisão política de forma consistente e congruente. Mesma coisa no âmbito económico.
Centralização
O ministério da Mulher ilustrou as comemorações com a inauguração oficial do Gabinete de Género. A entidade concentra todos os dados referentes a igualdade do género, facilitando assim a harmonização de todo o governo na matéria em causa. O ato central teve como convidado de honra a primeira-dama do país, Maria Rosa Vaz.
Em conversa com a ONU News na capital guineense, a presidente da Rede Nacional das jovens líderes, Aissato Forbs Djaló, recorreu aos índices do desenvolvimento humano para falar da situação da mulher na Guiné-Bissau.
"Cinquenta por cento das mulheres guineenses são mutiladas e esse é um dado assustador para um país que luta pela igualdade e equidade do género, onde se fala muito da cidadania e direitos humanos termos estes dados de mulheres mutiladas, vítimas de casamento forçado e também zero participação de mulheres no governo como ministras".
Mulheres num mercado de trabalho em mudança: para um planeta 50-50 em 2030 é o tema central da comemoração apoiado pelo Sistema das Nações Unidas no país, através da ONU Mulheres.
A ideia é incentivar os agentes de desenvolvimento a promoverem a igualdade do género e que a força do trabalho beneficie todas as mulheres.
Conosaba/Amatijane Candé, de Bissau para a ONU News./MO
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