Impasse político debatido pela União Africana


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O impasse político na Guiné-Bissau é tema de uma reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA), ontem segunda-feira, na sede da organização em Adis Abeba, Etiópia, disse o representante organização UA em Bissau, Ovídio Pequeno.

O P5, espaço de concertação entre representantes em Bissau da UA, Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Europeia (UE) e Nações Unidas (ONU), pretende coordenar posições sobre a crise guineense.

«Estamos num momento particularmente delicado e é preciso que os parceiros internacionais, particularmente a nível do P5, ajam em consonância, tenham uma posição comum», defendeu o diplomata de origem são-tomense.

Segundo Ovídio Pequeno, os cinco representantes da comunidade internacional querem ver implementados os acordos internacionais assumidos pela classe política guineense para pôr fim à crise e ao impasse no país.

De concreto, o P5 quer ver aplicado o Acordo de Conacri, instrumento político patrocinado pela CEDEAO ao abrigo do qual teria que ser criado um governo que incluísse todas as forças políticas representadas no Parlamento.

O atual governo, entretanto instituído pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, não é reconhecido por quatro das cinco formações políticas com assento no Parlamento e que reclamam a sua demissão.

As quatro formações políticas que contestam o governo liderado por Umaro Sissoco Embaló acusam o Presidente José Mário Vaz de desrespeito pelo Acordo de Conacri e pela recomendação da última cimeira de líderes da CEDEAO que o instaram a cumprir e fazer cumprir aquele entendimento.

Ovídio Pequeno não esconde a preocupação da comunidade internacional com o que diz ser «o extremar da linguagem» dos atores políticos, ainda que o P5 esteja sempre «a falar a mesma linguagem» para fazer com que os princípios sejam respeitados, disse. 
 
Lusa

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