Nuno Nabiam reafirma que há um plano para “assaltar” o parlamento
O Ministério Público ouviu ontem quinta-feira o líder da Assembleia do Povo – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU – PDGB), Nuno Gomes Nabiam, mas a audiência de Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não teve lugar. Quanto a Nuno Gomes Nabiam, este voltou a reafirmar que há um plano para “assaltar” o parlamento guineense.
Nuno Gomes Nabiam compareceu no Ministério Público acompanhado de centenas de militantes e simpatizantes do seu partido, em sinal de solidariedade para com o político, que foi o segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2014.
Momentos após a sessão de audiência, Gomes Nabiam reafirmou as suas declarações, em como existir um plano de “assalto político” ao parlamento. O Presidente da APU – PDGB proferiu ainda duros ataques contra o Presidente da República.
Segundo Gomes Nabiam, José Mário Vaz deveria ser primeira pessoa a ser ouvida pelo Ministério Público, no seguimento das ameaças de morte, prisão ou tortura, que proferiu recentemente em Bissau. “O próprio Presidente da República é que devia ser ouvido primeiro, porque está a ameaçar a oposição. Mas, estamos atentos e à espera do dia em que vai matar qualquer um, aí é que vai saber que todos nós somos guineenses”, disse Nabiam.
Por sua vez, o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, não chegou de ser ouvido hoje, conforme a convocatória do Ministério Publico.
Em nota enviada a imprensa, a Assembleia Nacional Popular lembrou que Simões Pereira é deputado da nação, tanto assim que a sua audição na justiça sugere a observância das normas que regulam tais procedimentos, convidando ainda o Ministério Público a fornecer “mais elementos sobre o caso”.
Em reação, o Procurador-geral da República, António Sedja Man, afirmou, entretanto, que o Presidente do PAIGC pode ser ouvido em qualquer instância, mesmo na ANP, por parte dos magistrados. Lembrou também que Domingos Simões Pereira é um cidadão e que não está imune a qualquer convocatória por parte da justiça.
“Antes de ser deputado é um cidadão. Qualquer cidadão deve responder. Há formas, há procedimentos para que um cidadão-deputado responda a justiça, isto é, através do levantamento da imunidade. Aliás, a lei prevê que sejam ouvidos não obrigatoriamente na Procuradoria-geral da Republica”, disse o Procurador-geral da República, António Sedja Man, depois do Ministério Público ter ouvido Nuno Gomes Nabiam, no âmbito das declarações que este fez recentemente, em como as atuais autoridades políticas têm um plano para assaltar o parlamento, através da destituição do Presidente deste órgão de soberania, Cipriano Cassamá.
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