PAIGC É VÍTIMA DE SUAS PRÓPRIAS CONTRADIÇÕES



Por: Ricardino D. Teixeira, via facebook
 
1. A decisão do PAIGC de assinar o acordo de Bissau e de Conacri à margem do quadro constitucional vigente, torna o PAIGC refém da sua primeira contradição. Isto porque o partido não pode defender o respeito às regras do jogo de Estado Democrático de Direito, plasmadas na Constituição, com a ideia de respeito aos acordos patrocinados pela CEDEAO e rubricados pelo PAIGC.


2. O PAIGC não pode continuar a fazer política com a ideia de governo inconstitucional, nos moldes da legitimidade eleitoral, mas exige inclusão do partido na formação do mesmo governo.

3. É essa forma de fazer política que evidencia a fragilidade do partido, isto é, ideia segundo a qual o partido faz “política de circunstância”, mas não mede circunstância de suas contradições, reforçando a ideia de um partido sem princípio político-ideológico.

4. É essa contradição que dá margem de manobra aos opositores, incluindo opositores do/no partido, colocando o projeto de poder do Comitê Central do PAIGC fora do poder.

5. O PAIGC enfrenta sua quinta contradição quando pede respeito aos acordos de Conacri, mas nos remetem à comunidade sub-regional para clarificar os termos de referência dos acordos

6. O PAIGC cria crises e enfrenta as suas contradições a cada crise. A atual crise poderia servir como uma oportunidade para superar a profunda contradição entre o discurso e a prática.

7. O PAIGC pratica aquilo que julga não fazer. São essas contradições que faz do PAIGC sofredor e vítima, mas o Comitê Central do partido considera-se corajoso e ganhador da disputa.

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