PAIGC ACUSA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE RENÚNCIA TOTAL DO ACORDO DE CONACRI


O PAIGC reitera a sua convicção de que com o resgate e a implementação do acordo de Conacri, é possível pôr termo à crise política vigente e ao bloqueio institucional e reafirma, mais uma vez, não integrar o governo que considera de iniciativa presidencial por decisão da reunião extraordinária do comité central
Numa nota de imprensa que a RSM teve acesso, o partido vencedor das últimas eleições legislativas, afirma que a nomeação do actual governo é uma flagrante violação da constituição da república e do acordo de Conacri, numa altura em que todos aguardavam pela cimeira dos chefes de estado da CEDEAO a ter lugar no próximo dia 17 de Dezembro.
Para isso sublinham que o presidente, tendo medo de se defrontar com a verdade que lhe será transmitida na cimeira, decide avançar com a nomeação do seu governo, facto que configura a sua renúncia definitiva do acordo de Conacri.
Por outro lado, o PAIGC considera que o presidente assume assim o seu verdadeiro propósito desde o início da crise, o controlo sobre os órgãos da soberania, neste caso do governo, fazendo-o subjugar aos seus interesses e em completo confronto com a sociedade guineense e a comunidade internacional.
Entretanto, o espaço de concertação política dos partidos democráticos que congrega PAIGC, PCD, UM, PST, PUN e movimento patriótico manifestou-se indignado com aquilo que considera de perigoso afastamento do presidente da república dos acordos firmados e da ordem democrática e constitucional do país.
A manifestação vem expressa numa nota onde o grupo afirma ainda que os decretos números 12/16 e 13/16 são a consumação da renúncia já anterior feita pelo presidente da república ao acordo de Conacri, porquanto todos seus preceitos, nomeadamente a estrutura orgânica do governo, e a quota proporcional dos partidos com assento parlamentar são integralmente ignorados.
Nesta conformidade, o espaço de concertação diz aguardar com absoluta serenidade a clarificação sobre o consenso de Conacri e apela ao resgate desse acordo como única via alternativa à imediata convocação de eleições para a renovação das estruturas políticas representativas da sociedade.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba/MO

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