O presidente da Guiné-Bissau afirmou que o problema do comércio de substâncias ilícitas não é atualmente sentido pelos cidadãos no país. José Mário Vaz disse à Rádio ONU, em Nova Iorque, que o território guineense não deve ser associado ao tipo de negócio.
Ao ser colocado a questão do país ser conotado a um naco-estado, José Mário Vaz respondeu que, "Infelizmente é uma tristeza, porque alguém fez um trabalho forte neste sentido de pegar na Guiné-Bissau e colocar atrás dela o problema do tráfico da droga até ao ponto de chamar o país um Estado de narcotráfico. Isso não é verdade. Desde que eu cheguei ao poder na Guiné-Bissau, nós dissemos que não queremos ver droga a circular na nossa terra."
A questão do narcotráfico no país já mereceu a atenção do Conselho de Segurança, que recomendou o reforço do combate ao tráfico para conter de forma efetiva o flagelo. Sobre este assunto, o chefe de Estado guineense disse que dentro do país já abordou essa necessidade com vários setores.
"Falamos com a nossa sociedade desde militares, paramilitares e a sociedade civil. Para falar a verdade, nós não sentimos este problema na nossa terra. É difícil estar a dizer que não, mas a única forma de as pessoas confirmarem que a Guiné-Bissau não é um Estado de narcotráfico é visitarem a Guiné-Bissau. Se alguém diz que não, que apresente provas. Isto, de facto, não é bom para um país."
Para Vaz, a união de esforços com outros países vai permitir reforçar a segurança nacional e combater problemas incluindo o da droga.
"Nossa maior preocupação é ter o controlo da nossa zona económica exclusiva. Pedimos hoje às Nações Unidas, pedimos aos Estados Unidos de América e pedimos a Portugal e muitos dos outros parceiros o apoio, no sentido de apoiarem o problema da zona económica exclusiva porque, a partir daí, nós vamos ter o maior controlo desta situação – que as pessoas dizem que a Guiné-Bissau é isto quando a Guiné-Bissau não tem nada a ver com isso."
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